Cotidiano
12.05.2011
EXÉQUIAS PRECOCES
O cidadão trabalha a vida inteira, 30, 40, quando não 50
anos. Aposenta-se e dali a pouco, morre.
Ontem fui ao velório de um trabalhador antigo do DER de Santa Helena, seu
Dauri. Apenas 61 anos, uns 40 de serviço na mesma empresa, um ano e meio
aposentado. Foi-se.
Um ano e meio de aposentadoria, depois de uns 40
trabalhando. Parece uma injustiça do destino. Lembro-me do motorista da
prefeitura, ótimo trabalhador da saúde, Luis Destri, acho que nem usufruiu da
primeira parcela da aposentadoria.
Está certo que, para aproveitar a vida, não precisa só estar aposentado. Durante
a vida toda a gente pode “aproveitar” a vida.
Esse “aproveitar” a vida, depende de cada um. Se a gente
observar pelo lado espiritual, aproveitar a vida é estar de bem com Deus.
Se a gente acredita na eternidade da alma, por certo
havemos de lutar para um plano mais satisfatório do que o inferno. Todo mundo
almeja o céu, difícil é chegar lá sem dar uma cruzada pelo purgatório.
Diante disso tudo, a gente passa a pensar que o melhor que temos que fazer, é viver
a vida a cada dia, com intensidade. Pode ser que não tenhamos tempo para
executar projetos, mas temos que fazer planos todos os dias.
O que falar então das jovens vidas que se perdem todos os
dias, por acidentes, drogas e outras formas de violência. Ver jovens mães e
pais enterrando rebentos imberbes é cruel demais.