Contando Histórias
04.01.2015
Entrevista com Ana Galvão e história da família de João Rosa Correia
No domingo 19 de outubro de 2014 o professor de História João Rosa Correia da Escola Estadual Graciliano Ramos Ensino Fundamental e do CEEBJA de Santa Helena entrevistou sua tia, Sra. Ana Rosa Galvão que reside na Rua Carlos Pernichelli nº 749 no município de Vera Cruz do Oeste. O interesse desta entrevista foi motivado para saber aspectos da trajetória histórica da família Correia no qual João R. Correia é um dos integrantes.
A entrevistada iniciou dizendo que nasceu no Estado de São Paulo, no município de Marília, no dia 26 de agosto de 1938. Estudou e concluiu o antigo primário naquele Estado. Os pais de Ana Galvão, Deraldo dos Santos Correia e Ermelinda de Jesus Correia nasceram no Estado da Bahia. Ambos analfabetos. Sobre Deraldo Correia, Ana Galvão desconhece a ancestralidade de seu genitor. A respeito de sua mãe Ermelinda, Ana Galvão relatou que sua genitora dizia que era neta de uma índia capturada no mato por caçadores de animais silvestres no Estado da Bahia e que a indiazinha estava desgarrada de sua tribo o que facilitou o rapto da mesma. Infelizmente ao longo da história do Brasil este ato desumano acontecia com certa frequência, pois os povos indígenas eram considerados pelos “brancos” como seres exóticos, passível de ser criados como animais de estimação. Sem contar tantas outras atrocidades que a eles foram impostas pelos “colonizadores” nestes últimos 500 anos no território que hoje constitui o Brasil.
Do casamento entre Deraldo e Ermelinda originou seis filhos, os dois primeiros nasceram no Estado da Bahia: Alcides Rosa Correia nasceu em dezembro de 1930 (pai do professor João Rosa Correia) e Mário Rosa Correia, em 1932, os demais no Estado de São Paulo: Maria Rosa Correia, Fortunato Rosa Correia (já falecidos), Ana Rosa Correia (após casar-se passou a chamar Ana Rosa Galvão) e Lurdes Rosa Correia mãe de três filhas e um filho, profissão do Lar, (reside atualmente com as filhas no litoral do Paraná – Praia de Leste. O filho reside em Vera Cruz do Oeste, profissão chapeador). Ana Galvão relata, que seus pais por serem analfabetos e sem qualificação profissional, vivendo numa época em que as oligarquias agrárias e ainda com uma consistente visão escravocrata, procuravam dificultar o acesso à qualificação de mão-de-obra do povo brasileiro. Sendo assim, restava aos pais de Ana Galvão os trabalhos que não exigia muitos conhecimentos técnicos. Portanto, Deraldo Correia tirava o sustento da família ora trabalhando na escavação de poço de água para abastecer as residências de terceiros, haja vista que no passado não havia água encanada. Escavava poços por empreita nas cidades por onde morava, bem como nos sítios e fazendas. Também trabalhou na extração de ouro através do sistema de garimpo no Estado da Bahia. (Garimpo é uma forma de extrair riquezas minerais (pedras preciosas e semipreciosas) utilizando-se, na maioria das vezes, de poucos recursos, baixo investimento, equipamentos simples e ferramentas rústicas). Comentava Deraldo a seus filhos que o trabalho no garimpo era penoso e arriscado, uma vez que por força do ofício obrigava-se a embrenhar em profundas escavações de terra a procura do metal.
No entanto outro sistema de extração do ouro era por intermédio de escavação nos leitos dos rios. Se num lance de sorte o garimpeiro conseguisse encontrar alguns quilos de ouro poderia melhorar as condições de vida desse rude trabalhador. (Garimpeiros - é o nome de homens arrojados que luta na extração de pedras preciosas, normalmente ouro, nos terrenos de aluvião ou quebrando cascalhos para a busca do metal). Os trabalhos no garimpo se faziam sem nenhum equipamento de segurança. Ainda de acordo com os comentários de Deraldo aos filhos, ele próprio presenciou a morte de garimpeiros que ficaram soterrados quando estavam escavando as terras atrás do ouro. Além deste perigo iminente, os garimpeiros enfrentavam riscos constantes de ataques de animais peçonhentos (cobras venenosas), de aranhas e vespas, entre outras adversidades, uma vez que pernoitavam em barracas improvisadas ou alojavam nas cavernas quando estavam à procura do ouro no Estado da Bahia. Deraldo também relatou aos familiares que, durante uma noite quando ele e outros garimpeiros encontravam-se dormindo dentro de uma caverna (sem nenhuma proteção na entrada da mesma), receberam a visita inesperada de uma onça. O animal estava tentando apagar o fogo que ficava defronte da caverna que servia para aquecer a panela de ferro usada no preparo do feijão que iria ser consumido pelos garimpeiros no dia seguinte. Os garimpeiros acordaram assustados com o grunhido de um cachorro que os acompanhavam, e ao gritarem, a onça correu em meio às rochas e arbustos dos prados baianos. Quanto ao trabalho no garimpo Deraldo exerceu esta atividade por alguns anos, porém o sonho de melhorar de vida trabalhando como garimpeiro ficou somente no desejo, escavou muito, carregou muita terra nas costas, enfim, mas ouro mesmo não conseguiu o suficiente para tirá-lo do sofrimento e da pobreza material.
Outro dilema que enfrentou Deraldo Correia e família quando ainda residia no sul da Bahia, diz respeito ao grupo de Lampião (Virgulino Ferreira). Este e seu bando mantiveram a margem da lei no nordeste brasileiro entre os anos de 1919 a 1937. As notícias a respeito de Lampião e seus comandados eram as piores possíveis, corriam conversas de boca em boca que por onde passavam, espancavam pessoas, roubavam animais domésticos (cabras, cabritos, bois, porcos e alimentos não perecíveis, etc.) para alimentá-los, além de raptos de mulheres, empréstimos de dinheiro de terceiro, no entanto não pagava o credor, entre outras barbaridades. Numa época de pouca ou de nenhuma presença do Estado para amenizar ou resolver os problemas sociais das pessoas pobres materialmente, o que deixavam a mercê de sua própria sorte. Além disso, as informações sobre os fatos que aconteciam na sociedade podiam ser facilmente manipulados conforme os interesses dos detentores do poder político e econômico. Neste contexto, Lampião e sua gente impunha certa áurea de preocupação às massas de nordestinos. As pessoas ao saber que Lampião e seu grupo estavam dirigindo a um determinado lugarejo do Nordeste brasileiro, imediatamente o pavor tomava conta do povo. Dentro desta circunstância, evidentemente restava aos nordestinos à desconfiança e o medo a Lampião e de seus capangas. Deraldo e família não estavam a salvo destes infortúnios. Ainda de acordo com Ana Galvão, Deraldo relatava a seus filhos que por algumas vezes tiveram que fugir para o mato quando ficavam sabendo que Lampião (Virgulino Ferreira) estava a caminho da região em que moravam. Dizia Deraldo que o corre-corre era intenso e assustador, até que toda a família se aglomerasse e sentisse protegidos, pois se tratava de um dos mais temidos cangaceiros nordestinos de então. Ninguém queria pagar o preço para ver o que poderia acontecer se não buscasse abrigo fora de casa.
Diante desta situação e de outras dificuldades pelo qual enfrentava a família Correia no município de Rio de Contas na Bahia, resolveram procurar outro lugar para fixar residência. Sonhavam obter melhores condições de vida. Tomados por muita fé e esperança, no ano de 1935 a família Correia desloca-se para São Paulo, pois era o Estado da federação brasileira que mais atraía migrantes na época. Para entender a dinâmica de atração de enormes contingentes de nordestinos em direção ao Sudeste do país, faz-se necessário compreender aspectos da economia cafeeira do início dos anos de 1930, uma vez que aquela região era a maior produtora e exportadora do citado produto. A crise financeira de 1929 (quebra da bolsa de valores) que abateu sobre os EUA, refletiu negativamente na economia brasileira que era dependente da exportação de café aos norte-americanos. Entretanto, nos anos posteriores a 1930, a saca de café voltou a ser valorizada no mercado interno e externo. Concomitantemente a valorização do café brasileiro, também ocorreu uma acelerada expansão das cidades do interior paulista em razão da diversificação das indústrias, bem como na agricultura. Assim fazendeiros e sitiantes produtores de café de São Paulo passaram a contratar trabalhadores rurais para exercer os diversos trabalhos que exigia os cafezais. Portanto, fatores de ordem sociais, políticos e econômicos foram o carro chefe que motivou a vinda da família Correia para o Sudeste brasileiro. O deslocamento da Bahia para São Paulo deu-se nas seguintes condições, ora faziam a pé pernoitando embaixo de árvores, alimentando de mamão, milho verde que encontravam pelo caminho, ou através de caminhão pau-de-arara (pau-de-arara - caminhão com carroceria improvisada coberta com lona de pano) e por meio de embarcação a vapor via Rio São Francisco. Comentava Ermelinda aos filhos que viajou grávida da terceira filha, como complicador, passou mal durante a viagem e sem nenhuma assistência de um (a) profissional da área de saúde, quem prestou socorro foram outras mulheres que viajavam na mesma embarcação. A viagem durou 12 dias, no entanto, de muito sofrimento, conforme relatava os pais de Ana Galvão, aos familiares.
Os Correias desembarcaram na capital de São Paulo e de imediato deslocaram para Marília pelos quais foram trabalhar de colonos nas fazendas de café. Na ânsia de conseguir melhores condições de vida, também trabalharam nos cafezais dos municípios de Quintana e Tupã (todos do interior paulista). Permaneceram no interior do Estado de São Paulo entre 1935 a 1948. O trabalho nas lavouras cafeeiras era intenso e árduo. Para piorar a situação da família, os proventos que recebia Deraldo, mesmo com auxílio dos filhos, mal cobria as despesas da casa. Assim, continuava a pobreza material da família Correia, vivendo no Estado mais rico da nação brasileira. Sem perspectivas de uma vida melhor (com menos sofrimento) no Estado de São Paulo, os Correias mais uma vez resolvem tentar a sorte em outro Estado da Federação Nacional.
Nos anos de 1950, a notícia da existência de um novo eldorado no Brasil ficava no norte do Paraná. Despontava como uma região promissora às pessoas que buscavam riqueza material, porque ali havia solo, clima e relevo propício ao desenvolvimento do café (conhecido como ouro verde), comentou Ana Galvão. Corria o ano de 1950, os Correias empacotavam aos poucos, utensílios domésticos que possuíam e transferem residência para o município de Uraí (norte paranaense).
Ao chegar a Uraí, foram contratados por uma família de origem japonesa de sobrenome Kaminaga para trabalhar na lavoura de café desse pessoal. Em meio às labutas diárias da família Correia, se faz necessário destacar o papel relevante de Ermelinda. Além de cuidar dos filhos e afazeres domésticos, ela lavava roupas por dúzias e ou por peças, para às famílias interessadas em seu serviço. Também fazia bolos caseiros e pães para vender avulsos, com isto ganhava um pouco de dinheiro o que contribuía na amortização dos custos da família. Ressalta Ana Galvão ao dizer que sua mãe, mesmo vivendo nas piores condições de vida no que diz respeito a bens materiais, foi uma mulher guerreira e amorosa com todos os filhos, ensinava os preceitos da honestidade, da paciência, da tolerância, do trabalho como promoção humana e a perseverança como mola mestre de se atingir os objetivos na vida. Ana Galvão continuou descrevendo outros aspectos nobres de Ermelinda, ao mencionar que ela foi assídua e fervorosa Católica Apostólica Romana onde depositava fé incondicional a Jesus Cristo e a Nossa Senhora Aparecida. Com essa espiritualidade, exigia dos filhos o mesmo amor para com a religião e argumentava com sua gente que a religiosidade fortalece o espírito, a alma e o corpo de qualquer pessoa.
Outro atributo memorável de Ermelinda e que deve ser ressaltado, é que, apesar de ter sido uma analfabeta, vivendo em péssimas condições materiais, e numa época em que os governantes brasileiros pouco se preocupavam com a escolarização de crianças, adolescentes e adultos, ela encaminhava os filhos à escola para que aprendessem a ler e a escrever. Vale frisar que a escola geralmente ficava longe da residência dos estudantes. Conforme o lugar que moravam obrigava o aluno andar até sete quilômetros a pé para chegar ao educandário. As poucas escolas que existiam nas cidades do interior paulista, um percentual destas somente ofereciam ensino até a quarta série primária (corresponde atualmente ao quinto ano). Para além destes complicadores, os pais dos alunos ficavam na responsabilidade de comprar os materiais escolares que fossem necessários ao desenvolvimento da aprendizagem. Recorda Ana Galvão que às vezes o casal Ermelinda e Deraldo não dispunha de dinheiro para adquirir os materiais escolares exigidos pela escola. Quando isto acontecia, de imediato Ermelinda entrava em contato com a direção escolar explicando a situação financeira da família e pedia por gentileza a direção e as professoras (os) que entendessem seu problema e tivessem paciência para o caso. No entanto, o mais depressa possível fazia um esforço enorme, economizava centavo por centavo e aos poucos comprava os materiais escolares solicitados pela instituição de ensino. Nos anos de 1940/1950 no Brasil, os pais e ou/responsáveis de família e que pertencessem às classes menos favorecidas economicamente e que conseguissem proporcionar aos filhos a conclusão do antigo primário podiam sentir felizes e honrados por ter possibilitado a sua prole certa formação intelectual. Considerado como um ato heroico, digno de aplausos. E Ermelinda demonstrou com suas atitudes de mãe corajosa e destemida o quanto fez diferença na vida de seus filhos. Todos eles aprenderam a ler e escrever, por sinal muito bem, enalteceu Ana Galvão. Concluiu ela, aqueles mais determinados iniciaram e concluíram o antigo primário.
Entre dificuldades e avanços pelos quais os Correias estavam submetidos no dia-a-dia, tiveram que suportar a separação do casal Ermelinda e Deraldo Correia em razão dos atritos que acontecia entre ambos. A separação ocorreu no ano de 1950. Deraldo tomou rumo ignorado e nunca mais entrou em contato com nenhum de seus familiares. Isto dificultou aos filhos descobrir o paradeiro do pai. Aliada a uma época que os meios de comunicação praticamente não existiam, agravava ainda mais um possível contato entre as pessoas do núcleo familiar que por uma razão ou outra encontrava desaparecida. Para piorar, segundo Ana Galvão, Deraldo disse no momento da despedida dos filhos e esposa, “só iremos nos encontrar no dia do juízo final, esqueça-se de mim”. A esta altura, o filho mais velho do casal era Alcides Rosa Correia, contava na época com vinte anos de idade (1950). Demonstrando firmeza de decisão e acima de tudo amor para com sua genitora e aos irmãos mais novos, reuniu a família e disse que não iria os abandonar como fizeste o pai Deraldo Correia e que ficaria ao lado deles para auxiliar na manutenção da família e desejava que se mantivesse unida. No dizer de Ana Galvão, Alcides Correia (in memoria) foi muito mais do que um irmão, a partir deste momento passou a ser o nosso segundo pai, o guia leal, amigo, companheiro, honesto e acima de tudo, muito trabalhador. Até hoje (outubro 2014), Ana Galvão quando fala a respeito do irmão Alcides Correia, referencia como o nosso eterno paizão, no entanto, ele até não gostava desse tratamento. Alcides dizia a Ana Galvão e aos demais irmãos de que era mais um irmão entre eles. E acrescentava, fiz o que estava a minha altura naquele momento difícil que passava a família. Para, além disso, Alcides foi uma pessoa Cristã e devota de nossa Senhora Aparecida, e por conta de sua crença nas questões espirituais acreditava que se tivesse afastado da família, Jesus e Nossa Senhora poderia os ter também abandonado deixando-o vulnerável às mazelas do mundo, comentou Ana Galvão. Evidentemente que Alcides colocou regras aos familiares, como por exemplo, horário de trabalhar e como trabalhar, de ir à escola e de estudar em casa, ajudar a mãe nos afazeres domésticos e estipulou os momentos de lazer, sem nunca esquecer os encontros dominicais da Igreja, rememorou Ana Galvão.
Continuando a história, Ana Galvão afirma que Alcides sempre disse aos familiares que se sentia grato pelo papel desempenhado pelos irmãos e mãe, porque os compreenderam nas suas exigências e seguiram à risca as determinações por ele condicionadas. Os membros da família jamais o desrespeitou, comentou Ana Galvão. Tal fato fez com que um fosse o sustentáculo do outro e por isso todos saíram fortalecidos, o que permitiu cada um seguir a jornada da vida para o bem do coletivo familiar. Com isso os Correias nunca se distanciaram uns dos outros, desta forma puderam manter constantes contatos entre eles, enalteceu Ana Galvão. Ao continuar relatando os fatos da história dos Correias, Ana Galvão disse que eles ficaram trabalhando nas lavouras de café da família Kaminaga no norte do Paraná até 1956. E que em julho de 1951 Alcides Correia une-se em matrimônio com Maria Felícia e no ano de 1952 nasce Alzira Correia. No dia 28 de junho de 1952 Mario R. Correia casa com Manuela Morelli, da união do casal, nasceram 05 filhos: José R. Correia, Paulo R. Correia, Roberto C. Correia, Marcos R. Correia (falecido) e Marcio R. Correia e 02 filhas: Elza R. Correia e Sônia R. Correia. No ano de 1954 a esposa de Alcides R. Correia falece. Quem assume os cuidados de Alzira Correia é a vó paterna Ermelinda de Jesus Correia. Conta Ana Galvão que sua família conseguiu ganhar dinheiro trabalhando nas lavouras de café no norte do Paraná e que era o suficiente para adquirir terras naqueles idos tempos naquela mesma região. Mas não aplicaram o dinheiro no momento certo. Dinheiro na mão se não bem aplicado é como nuvem no céu, rapidamente pode aparecer, no entanto na mesma velocidade que surge pode desaparecer. Foi exatamente isso que aconteceu com os Correias, filosofou Ana Galvão. Entretanto, os Correias continuaram trabalhando e focados na intenção de conseguir bens materiais com o interesse de proporcionar certo conforto à família. Acompanhando o avanço do café para outras regiões do Estado do Paraná, os Correias no início do ano de 1957 deslocaram para o município de Mirador noroeste paranaense. Ana Galvão relata que sua família foi formar café na fazenda de José Inocêncio (apelido José do Bepin) interior do citado município. Alcides Rosa Correia até então estava viúvo e no dia 02 de março de 1957 casa com Maria Morelli (irmã de Manuela Morelli esposa de Mário R. Correia irmão do Alcides Correia). Do casamento de Alcides e Maria Morelli nasceram 04 filhos: Antônio Rosa Correia, João Rosa Correia, Pedro Rosa Correia (falecido), Alcides Rosa Filho, e 02 filhas: Maria Aparecida Correia nascida no município de Mirador e Marta Rosa Correia nascida no munícipio de Vera Cruz do Oeste. Mesmo trabalhando nas lavouras de café há vários anos na região norte do Paraná, (Uraí) os Correias não tiveram os devidos cuidados de saber a respeito das condições do solo do município de Mirador. A região de Mirador é de formação arenosa (areia). Após algum tempo trabalhando naquele solo perceberam que este degradava rapidamente com desenvolvimento da agricultura. Aliada a uma época que não havia nenhuma preocupação na defesa ambiental, tanto dos governos dos entes federados (União, Estados e Municípios), bem como dos agricultores, a agricultura tornava inviável economicamente, comentou Ana Galvão. Portanto, não obtendo bons resultados financeiros com os cafezais em Mirador, no ano de 1959 os Correias adquirem quatro lotes urbanos e constroem as residências na sede do citado município. A partir de então transferem moradia para a nova localidade: Alcides R. Correia, Mário R. Correia, Ermelinda de Jesus Correia e Ana Rosa Galvão, que no mesmo ano (28 de dezembro de 1959) casou-se com Marcelino José Galvão. Desta união nasceram 02 filhos: Luis Galvão e Dorival Galvão e 2 filhas: Maria de Fátima Galvão e Vera Galvão. Após fixar residência em Mirador os Correias deixam de trabalhar nas lavouras de café. Alcides R. Correia e Marcelino José Galvão (cunhado) passaram a organizar grupos de trabalhadores volantes (diaristas) e assim oferecia seus serviços a sitiantes e fazendeiros que quisessem limpar lavoura, roçar pasto e ou desbravar as florestas. Inclusive Alcides Rosa Correia desbravou partes da floresta que havia nas terras dos irmãos Baggi no município de Mirador. Dentre a família Baggi, um deles foi Deputado Federal, influente político da região noroeste do Paraná nos anos de 1960, 70 e 80, recorda Ana Galvão. Mário R. Correia deixa definitivamente os trabalhos no campo e busca trabalho na área comercial urbana. Em Mirador, Mário Correia foi contratado para atender na loja de Secos e Molhados do Sr. Adriano. A Sra. Ermelinda cuidava dos afazeres domésticos e auxiliava as noras e filhas nos cuidados dos netos e netas. Desbravada a região noroeste paranaense e de solo frágil, os Correias resolvem mudar-se daquela região.
Corria o ano de 1965 Alcides R. Correia na incessante busca de um lugar que pudesse possibilitar melhores condições de vida aos familiares resolveu visitar Dourados município do Mato Grosso do Sul. Durante sua rápida estadia no MS aproveitou para conhecer os povos indígenas Guarani que viviam e ainda vivem numa reserva que faz divisa com a cidade de Dourados. Do contato com os povos indígenas Alcides comprou arcos e flechas, e presenteou os filhos e sobrinhos com aqueles artefatos que até então não conheciam. As crianças sentiram-se contentes e felizes por terem recebido aqueles instrumentos, mencionou Ana Galvão. Em meados dos anos de 1960 corria notícias no noroeste do Paraná que a região oeste do Estado estava à espera de desbravadores. As florestas eram imensas, solo excelente para o desenvolvimento da agricultura, ótimo clima e baixos preços das terras.
Sendo assim, no início de 1967 Alcides Rosa Correia veio conferir o que falavam sobre a região oeste do Paraná. O destino de sua viagem, o nascente vilarejo de Vera Cruz do Oeste. Contava na época com no máximo 10 casas. Como sertanejo que foi Alcides R. Correia agradou e muito do lugar, comprou um lote urbano e fez a casa. Retornou a Mirador, vendeu o pequeno patrimônio que tinha por lá e rumou com a família para Vera Cruz do Oeste. A família de Alcides Correia chegou à futura cidade de Vera Cruz do Oeste no dia 03 de setembro de 1967. Os demais familiares de Alcides Correia continuaram residindo em Mirador, porém, por pouco tempo. Instalado na cidade, Alcides Correia logo providenciou a vinda dos demais familiares. No dia 28 de outubro de 1967 chegava a Vera Cruz do Oeste, Mario R. Correia, Marcelino Galvão e Ermelinda de Jesus Correia. A família continuava residindo próxima uma da outra. As residências estavam prontas quando chegaram à mencionada cidade, o que permitiu abrigar com certa tranquilidade os Correias. Assentados em suas residências, os responsáveis das famílias saíram à procura de trabalho. Alcides Rosa Correia e Marcelino José Galvão continuaram a trabalhar no ramo de derrubadas de florestas no oeste do Paraná com o auxilio de peões (peões - normalmente homens solteiros que vendiam sua força de trabalho a terceiros em troca de dinheiro). Mario Rosa Correia passou a ser funcionário na casa comercial dos Irmãos Sakai (origem japonesa) em Vera Cruz do Oeste onde trabalhou alguns anos. Neste comércio os Sakai comercializavam roupas, calçados, alimentos, além de compras e vendas de cereais. Dispunham também de uma máquina de beneficiar arroz, que por sinal ainda continua funcionando no centro daquela cidade. A fazenda em Vera Cruz do Oeste pelo qual Alcides Rosa Correia e Marcelino J. Galvão trabalhou por muito tempo se chamava inicialmente Fazenda Ramilândia, posteriormente mudou para Fazenda Carpa e na década de 1980 passou a chamar Ouro Fino, e que continua até a presente data com esta nomenclatura. No entanto, às vezes quando não havia trabalho de derrubada de matas, roçada de pasto (invernada) na fazenda Carpa, Alcides Rosa Correia via obrigado a procurar trabalho em outras regiões do oeste do Paraná. Chegou a trabalhar por pouco tempo nas derrubadas de florestas no município de Chopinzinho no sudoeste do Paraná. Entre 1970 e 1971 Alcides Correia trabalhou no município de Santa Helena para a família de Juvenil dos Santos/Célio dos Santos/Valdemar dos Santos, no qual derrubou a floresta que havia na antiga pedreira pelos quais eram os proprietários (próximo à esquina Céu Azul) e plantou hortelã ao referido povo. Vale ressaltar que Alcides saía para trabalhar e a família ficava residindo em Vera Cruz do Oeste. Tal fato também aconteceu com Marcelino José Galvão.
Na década de 1970 ocorreu uma mudança drástica na forma de trabalhar no campo. Surge a mecanização das terras. Os trabalhadores rurais que viviam de agregados, meeiros, mensalistas, arrendatários em sítios e fazendas são dispensados dos trabalhos no campo em razão do uso das máquinas agrícolas pelos agricultores. A partir desse momento expande o plantio de soja e trigo nas áreas mecanizadas do oeste do Paraná. É importante também destacar que muitos pequenos agricultores (trabalho familiar) que até então diversificava os produtos agrícolas em suas terras, mecanizava-as. Para tanto emprestam dinheiro dos agentes financeiros (bancos), adquirem maquinários e plantam soja e trigo. É importante saber que soja e trigo rendem lucro ao médio e grande produtor rural. Com isso os pequenos produtores rurais não conseguiam sobreviver plantando apenas soja e trigo. Inúmeros pequenos agricultores no passado se viram endividados e foram obrigados vender a propriedade para saldar os compromissos e ou entregar aos bancos engrossando as fileiras dos sem-terra. Toda essa gama de gente desloca em direção às cidades a procura de sobrevivência. Nos primeiros anos da mecanização das terras ocorridos em meados da década de 1970 a ciência ainda não tinha desenvolvido herbicida (agrotóxicos) que matasse as ervas daninhas no meio das lavouras. Diante disso, sitiantes e fazendeiros necessitavam que suas lavouras (soja, milho) fossem limpas das ervas daninhas, o que os obrigavam recorrer às forças de trabalhadores braçais. Dentro deste contexto da vida rural Alcides R. Correia e Marcelino J. Galvão adapta às mudanças no campo e passam a agenciar trabalhadores da cidade conhecidos pelo nome de boias-frias e vendem seus serviços aos agricultores que necessitassem limpar a lavoura de soja e/ou milho dos ataques das ervas daninhas. A fazenda Carpa localizada no município de Vera Cruz do Oeste, na década de 1970/80 plantava aproximadamente 250 alqueires de soja. No período da limpeza desse cereal Alcides Correia e Marcelino Galvão chegou a levar entre 150 a 200 pessoas diariamente para dar conta da limpeza da área plantada. Através deste meio de trabalho Alcides e Marcelino extraíram o sustento de suas famílias por um longo período de tempo. Desse modo referiu Ana Galvão sobre aquele tipo de trabalho, “não sobrava muito dinheiro com as empreitadas, mas havia um movimento enorme nos finais de semana nos supermercados, bares da cidade e lanchonetes por conta das diárias recebidas e gastas pelos trabalhadores no comércio local”. Acrescentou ela, “era até bonito de ver a animação do pessoal no período do verão (época da limpeza da soja, milho e algodão)”, relembra Ana Galvão. (Boias-frias, trabalhadores, que se descolavam diariamente da cidade (6 horas da manhã) para o campo sobre carroceria de caminhões sem nenhuma proteção. Levavam marmita com o alimento e quando da hora de almoçar (10 horas da manhã) a mesma encontrava fria – daí boia-fria. No final do dia de trabalho retornavam à residência).
Entre as décadas de 1970 e partes da década de 1980 era comum durante os meses de outubro, novembro e dezembro encontrar inúmeros caminhões supercarregados de boias-frias dirigindo ao trabalho nas limpezas das lavouras de soja, milho e algodão ou retornando às suas casas nas cidades (oeste paranaense). O agenciador desse tipo de trabalho passou a ser conhecido como gato (gato – tratamento de forma pejorativa às pessoas que trabalhavam no campo usando como mão-de-obra os chamados boias-frias). Vale frisar que o “gato” também era uma pessoa expropriada do meio rural em função do processo de mecanização das terras. Portanto, o “gato” também sofria do mesmo processo de exploração no meio agrário. É importante frisar que com a introdução dos herbicidas no meio rural a partir da década de 1990 tanto a figura do “gato e do boia-fria” deixou de existir, observa Ana Galvão.
E, a respeito de Mario Rosa Correia, no ano de 1976 transferiu residência para Foz do Iguaçu no qual se empregou na UNICON – União de Construtora - empresa responsável na construção da Barragem de Itaipu. Com o término da Barragem de Itaipu (1982), Mário R. Correia retorna a Vera Cruz do Oeste. Reside por um breve período de tempo e volta a Foz do Iguaçu, adquire um comércio (bar) próximo ao Batalhão da Polícia Militar do referido município e aí fica residindo com a sua família.
Ao término desta entrevista, não posso deixar de mencionar o papel valoroso, destemido, forte, encorajador, perseverante de nós mulheres Ana Rosa Galvão, Manuela Morelli Correia, Maria Morelli Correia, esposas dos referidos homens, haja vista que os esposos estavam quase sempre trabalhando longe do lar. Recaía sobre nossa responsabilidade o cuidado dos filhos no que diz à educação, ou seja, encaminhá-los à escola e cobrar resultados escolares e respeito para com a instituição de ensino, levá-los a Igreja, ensiná-los a viver e conviver respeitosamente em sociedade, além disso, manter o equilíbrio financeiro da casa. No menor sinal de doença de um dos filhos, não medíamos esforços em socorrê-los.
É pertinente destacar que Manuela Correia, Maria Correia eram analfabetas e eu, Ana Galvão, estudei até o quarto ano do antigo primário. Quase todos os nossos filhos fizeram o antigo ginásio, outros o Ensino Médio e alguns cursaram e concluíram o ensino Universitário. Se os filhos desfrutam de uma vida com mais conforto na atualidade, sem sombra de dúvidas é porque receberam amparo total somado à dedicação e amor que tiveram dos pais. Nos momentos de maiores dificuldades que tivemos que enfrentar, e não foram poucos, os desafios surgidos jamais esmoreceram, pelo contrário se fizemos fortes, perseveramos e agimos com tenacidade e otimismo e assim fomos contornando os obstáculos que apareciam. Nunca envergonhamos ou desamparamos filhos e esposo, sente-se feliz por isso Ana Rosa Galvão.
A respeito dos filhos de Mário Correia: José, Roberto, Paulo, exercem a profissão de comerciantes em Foz do Iguaçu e Márcio Correia além de comerciante no município de Foz do Iguaçu é agricultor no município de Vera Cruz do Oeste. As filhas: uma reside em Apiaí – SP (vale do Ribeira) comerciante e Elza, pecuarista em Portão do Ocuí S.M.I. Os filhos de Ana Galvão: Luis trabalha de empregado em Porto Alegre, Dorival é mecânico em Vera Cruz do Oeste. As filhas: Maria de Fátima é professora da Rede de Ensino do Estado do Paraná em Vera Cruz do Oeste e Vera é cabelereira em Porto Alegre. Os filhos de Alcides Rosa Correia: Antônio, eletricista aposentado, reside em SP capital; João Rosa Correia professor da rede de Ensino do Estado do Paraná em Santa Helena, Alcides R. Filho, trabalha de empregado (serviços gerais) em Vera Cruz do Oeste; Filhas: Maria é professora aposentada da rede ensino do Estado do Paraná em Vera Cruz do Oeste e Marta, professora da rede de Ensino do Estado do Paraná no município de Cascavel. Obs.: Todos os filhos e filhas das quatro famílias estão casados. E assim a história dos Correias contínua.
Observação:
Ana Galvão fez questão de dizer que passou a ser evangélica e professa sua fé na Igreja Assembleia de Deus desde 21 de março de 1976 até os dias de hoje na cidade de Vera Cruz do Oeste.
Familiares dos Correias que já faleceram:
Ermelinda de Jesus Correia faleceu no mês de junho de 1986 em Vera Cruz do Oeste; Maria Morelli Correia no dia 29 de novembro de 1999 em Vera Cruz do Oeste; Mário R. Correia no dia 03 de agosto de 2007 em Foz do Iguaçu; Marcelino José Galvão no dia 03 de novembro de 2011 em Vera Cruz do Oeste e Alcides Rosa Correia dia 16 de fevereiro de 2014 em Vera Cruz do Oeste. Pioneiros do município de Vera Cruz do Oeste.
“Escrever os aspectos relevantes da história da família Correia foi gratificante, pois partes dessa história era desconhecida pela maioria de seus integrantes e em especial à geração mais nova. E o mais significante de tudo isso é que ficará registrado a história de luta, coragem, bravura, avanços e retrocessos que essa gente teve ao longo da sua caminhada. Certamente a história aqui relatada servirá às futuras gerações dos Correias motivo de encorajá-los a enfrentar as dificuldades que por ventura venham defrontá-las sem receio de vencê-las. Como bem fizeram os Correias do passado, onde superaram os obstáculos por meio do trabalho, da dedicação, da perseverança, e acima de tudo da honestidade”. Portanto ficará na responsabilidade de cada um dos Correias do tempo presente e dos Correias que virão no futuro continuar referenciando Ermelinda de Jesus Correia, Alcides Rosa Correia, Mário Rosa Correia, Ana Rosa Galvão, Manuela Morelli Correia, Maria Morelli Correia e Marcelino José Galvão”. Professor João Rosa Correia.
Alcides R. Correia. Aos trinta e seis anos de Idade.Matriarca da Família Correia, Ermelinda de Jesus Correia. Vera Cruz do Oeste década de 1970.
Antonio Rosa Correia, João Rosa Correia e Maria Aparecida Correia. Local Mirador Ano 1963.
Casamento de Alcides R. Correia com Maria Morreli. Dia 03 de março de 1957 em Mirador. Pais do Professor João Rosa Correia.
Ao fundo residência de Alcides R. Correia construída em 1967. Vera Cruz do Oeste. Hoje não mais existe. A pessoa que aparece na foto é Maria Apª Correia. Meados da década de 1970.
Alcides Filho e a bebê Marta Rosa Correia. Vera Cruz do Oeste. Ano de 1968.
Família Correia. Esquerda Maria Apª Correia, Pedro R. Correia (falecido), Alcides R. Filho (colo). Mãe Maria Morreli, João Rosa Correia e Antonio R. Correia. Local Mirador 1965.
Marta Rosa Correia e o irmão Alcides Rosa Filho. Vera Cruz do Oeste. Década de 1970.
Marta R. Correia e Alcides R. Filho. Vera Cruz do Oeste, 1974.
Antônio Rosa Correia. Primeira Comunhão. Vera Cruz do Oeste - Pr. 1969.
Agachados esquerda João R. Correia e Narcísio. Em pé esquerda Paulo R. Correia e Dorval (Apelido Xixi). Vera Cruz do Oeste 1970. Futsal.
João Rosa Correia com os colegas se preparando para jogar uma partida de futebol. É o terceiro da direita para esquerda. Na época com 13 anos de idade. Vera Cruz do Oeste - Pr.
João Rosa Correia recebendo certificado de 8ª série das mãos do prof. Adelar Delatorre. Vera Cruz do Oeste 1976.
Maria Apª Correia recebendo certificado de 8ª série. 1975. Vera Cruz do Oeste - Pr.
João Rosa Correia - Década de 1976. Vera Cruz do Oeste.
João R. Correia aos 10 anos de idade (1970). A caráter de soldadinho - Desfile Cívico. Vera Cruz do Oeste - Pr.
Maria Morelli Correia no centro tratando porcos na chácara da família em Vera Cruz do Oeste. A esquerda Marta e a direita Sônia Correia (prima). 1980.
Esquerda Sr. Francisco (agregado do sítio), João Rosa Correia e Pedro Rosa Correia (falecido). Sítio em Vera Cruz do Oeste - Água da Madeira. Ano julho 1976.
Alcides Rosa Correia com sua pick up de fronte de sua chácara em Vera Cruz do Oeste. Década de 80. Sobre o carro João Rosa. Abaixo Alcides Filho e a nora Lúcia (falecida).
Antonio Rosa Correia visitando os primos do norte do Paraná. Região de Santa Cecília do Pavão. Neste galpão vivia a vó Ana, mãe de Maria Moreli Correia. Década de 1980.
Casamento de Alzira e Lázaro. Vera Cruz do Oeste, 1974.
Festa de Casamento de Alzira e Lázaro. O Sr. da frente é Alcides R. Correia e a sua direita Maria Apª Correia. Vera Cruz do Oeste, 1974.
Festa de Casamento de Alzira e Lázaro. Vera Cruz do Oeste, 1974.
Colegas de formandos do Ensino Médio (Administração de Empresas). João Rosa Correia (sentado e de calça verde). Dezembro de 1979. Local Praça Central de Vera Cruz do Oeste.
João Rosa Correia visitando as Cataratas do Iguaçu. Dezembro de 1979.
Festa de Casamento de Marta Correia em Vera Cruz do Oeste, 19 de dezembro de 1987. João R. Correia é o 2º da foto da esquerda para direita.
Família Correia num momento de confraternização. Vera Cruz do Oeste década de 1990.
Turma de formandos do Curso de Assistente de Administração. Professor João era um dos integrantes. Vera Cruz do Oeste, Dezembro de 1979.
Alcides Rosa Filho entregando leite no centro de Vera Cruz do Oeste. Década de 1980.
João R. Correia retorna em Janeiro de 1987 a Mirador onde nasceu. Lá encontrou o amigo da família Correia Sr. José Severino.
Prof. João e um grupo de alunos da EES. Francisco e EM - C. Branco visitando a comunidade indígena de Diamante do Oeste 1998.
Prof. João e alunos do Magistério Castelo Branco visitando o acampamento dos sem-terra de Diamante do Oeste - Ramilandia.
Apresentação de festa Junina, Professor João. Graciliano Ramos Clube União.
Marta Correia Jacoboski, Artur Jacoboski e Tamara Jacolboski, João Rosa Correia, Maria Correia e a sobrinha Paula Correia. Visita à Base Náutica, SH. 1995.
Professor João diretor da EESF de Sub-Sede entre 2002 a 2011. Publicava as conquistas obtidas pela escola. 2º Sem. de 2002 em SH - Pr.
Casamento de Maria Aparecida Correia com Paulo Buffon, acompanhada de seu pai Alcides Rosa Correia. Ano de 1995 Vera Cruz do Oeste.
Os inseparáveis irmãos Ana Rosa Galvão e Alcides Rosa Correia. Década de 2000. Vera Cruz do Oeste - PR.
Casamento de Mario R. Correia e Manuela Morelli, (28/06/1952). Urai norte do Paraná.
Esquerda para direita Mario R. Correia, Paulo R. Correia (filho), Manuela Correia (esposa) e Ana Galvão.
Esquerda: Elza Correia, Marcos Correia (falecido) Manuela Correia e Maria M. Correia. Mãe do professor João. Visitavam Aparecida do Norte. Década de 90.
Ana Rosa Galvão e Marcelino José Galvão com os filhos Luis e Fátima Galvão. Mirador década de 1960. Ao fundo a residência da família.
Casamento de Marcelino Galvão e Ana Rosa Correia. Dia 28 de dezembro de 1959. Mirador - noroeste do Pr.
Família de Ana Galvão e Marcelino Galvão - Esquerda: Fátima e Luis Galvão. Mirador. Ano 1966
Ana Rosa Galvão, Marcelino José Galvão, Dorival Galvão e Fátima Galvão. Década de 2000.
Caminhão do Sr. Marcelino José Galvão transportando os boias-frias ao trabalho. Local: centro de Vera Cruz do Oeste. Década de 1970.
Marcelino José Galvão e Ana Rosa Galvão. Década de 2000. Vera Cruz do Oeste - Pr.
Casamento de Vera Galvão. Vera Cruz do Oeste. Década de 90
Carros de Marcelino José Galvão. Vera Cruz do Oeste. Década de 1980.
Familiares de Ana Galvão e Marcelino Galvão. Década de 2000. Passeando em Porto Alegre.
Família Correia participando de uma festa de aniversário do Sr. Marcelino José Galvão. Década de 1980, Vera Cruz do Oeste.
Marcelino Galvão e Ana Galvão e a filha Vera Galvão em Porto Alegre a passeio. Década de 2000.
Ana Rosa Galvão e o grupo de fiéis da Igreja Assembléia de Deus. Vera Cruz do Oeste. Década de 1990.
Casal Ana Rosa Galvão e Marcelino José Galvão. Década de 2000.
Tia Ana Galvão saboreando um chimarrão em sua residência em Vera Cruz do Oeste. Bebida que aprendeu apreciar e muito. Não fazia parte da cultura dos Correias.
Professor João Rosa Correia há 22 anos narra festas juninas em Santa Helena. Na foto aparece narrando a do Colégio Castelo Branco. Julho de 2014.
Irmãos Correias - Antônio e João. Local Cascavel. 17 de Dezembro de 2014. Aniversário da sobrinha Tamara.
Professor João e o Agricultor Evandro Losch de SH em busca de vestígios da outrora Ponte Queimada. Dezembro de 2014.
Correias - Família de Alcides, Mario e Ana Galvão. Vera Cruz do Oeste. Dezembro de 2013. Local: sítio de Márcio R. Correia.
Correias - Marta, Alcides Filho, Antonio, Alcides, Ana, Maria e João. Vera Cruz do Oeste, Dezembro de 2013. Local: sítio de Márcio R. Correia.
Correias - Antonio, Edileuza, José, Marta, Artur, Alzira, Maria, Manuela, Ana e João. Dezembro de 2014. Local: residência de Marta Correia em Cascavel.
Ana Rosa Galvão e o Professor João Rosa Correia. Vera Cruz do Oeste, 19 de outubro de 2014. Entrevista com sua Tia.
Ana Galvão, concede entrevista em sua residência, 14 de outubro de 2014. Vera Cruz do Oeste.
Residência de Ana Rosa Galvão. Vera Cruz do Oeste - Pr. Foto de 19/10/14.
Entrevista na residência da Tia Ana Rosa Galvão. Vera Cruz do Oeste. Foto tirada em 19/10/2014.
Tia Manuela M. Correia desfrutando do lazer no sítio do filho Marcio Correia. Interior de Vera Cruz do Oeste. Novembro de 2014.
Ana Rosa Galvão, Fátima Galvão (Professora) e João Rosa Correia. Vera Cruz do Oeste, 19/10/2014.