Depois do estatuto da criança e do adolescente, sumiram os engraxates.

Fui engraxate no antigo Bar Webber em Santa Helena e contava na ocasião com menos de 10 anos de idade. Minha caixa de engraxar, veio de Santa Catarina, onde comecei o ofício no bar onde meu pai era sócio, com apenas 7 anos.

Hoje em dia, quem quiser lustrar seus sapatos, precisa comprar a graxa ou pasta e fazê-lo por conta.

Bem que alguém poderia se dedicar à função e instalar um acento e o aparato para engraxar sapatos numa praça.

Seria até um ponto de encontro de amigos que, pela manhã se encontrariam na praça para deixar o sapato em ordem.

De quebra, a pessoa poderia faturar um bom troco.

Tinha que fazer uma pesquisa de mercado para saber se as pessoas engraxariam o sapato na praça. Acho que é viável.

Se o engraxate cobrasse R$2 e atendesse 20 fregueses num dia, na prospecção, livraria uns R$800 por mês.

Em Santa Helena, pelo que se sabe, tem um engraxate que atende na rodoviária, mas falta aquela tradicional, folclórica e até romântica presença de um na praça com um banco mais ou menos confortável para o deleite glúteo da freguesia.

Detalhe: Botas rendem o triplo.