Cotidiano

26.01.2009

EMPREGO ONDE?

Nada assusta mais um responsável pelo lar do que a falta de trabalho remunerado para prover o sustento dos seus. Por mais que o presidente Lula dissesse que o tsunami mundial aqui seria sentido como uma simples marola, uma coisa pode botar por terra a declaração do nosso ilustre mandatário: o desemprego.

Tendo a crise como álibi, muitos empresários, principalmente e comumente os grandes, estão a despedir. Os sindicatos fazem vistas grossas e como tantos espalhados por este Brasil afora, com dirigentes lanígeros, não se importam.

Em Santa Helena, não é diferente. Muita gente continua procurando emprego e já o faz há bastante tempo. Com a nova administração, muitos renovaram a esperança, mas o risco de frustração é grande se a expectativa for só de trabalhar na prefeitura. Não cabe todo mundo ali e não há milagres que Rita possa fazer.

A prefeita deve aproveitar umas atitudes impopulares tomadas no governo anterior e manter o número reduzido de secretarias em comparação com outras épocas. Também seria improdutivo, recriar cargos em comissão que foram extintos na administração passada.

O emprego deve ser gerado fora do paço municipal. Este sim acaba sendo perene e contribui de fato para a economia local. Incentivo direto às empresas já estabelecidas aqui para que aumentem seus postos de trabalho, gerando mais impostos e não só o salário, vai significar um avanço.

Outra coisa interessante é a correlação de empresas com níveis populacionais. A estrutura comercial de Santa Helena é para atender 50 mil habitantes. Tem demais farmácia, mercado e lojas então, nem se fala. Antigamente, como já disse até na tribuna da câmara quando foi criticado o fechamento de uma loja de roupas, havia cinco, seis lojas de confecções para uma população que chegou próximo de 60 mil habitantes. Hoje, não contei, mas devem existir cerca de 50 lojas, para 23 mil moradores. É matemática e não filosofia.

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Elder Boff