Cotidiano

21.10.2014

ELEIÇÕES, SECA E BIOGRAFIA

Beira o ridículo alguns assuntos que acabam fazendo parte dos holofotes eleitorais.

Todo mundo sabe que em São Paulo há sofrimento pela falta de chuvas e consequentemente o nível do maior reservatório, Cantareira, está perto do nada.

Mas usar isso como se fosse culpa do governo federal, do estadual ou municipal passa dos limites.

Seria uma sem-vergonhice usar isso eleitoralmente.

Se fôssemos enumerar os culpados pela baixa reserva de água potável, não só em São Paulo, como no planeta, teríamos que remontar toda a história.

Não vai sobrar um bisavô da gente desonerado.

Arrancou uma árvore, descampou nascente, está no rol dos culpados.

É quem nem aqui em Santa Helena, culpar o Juce (prefeito) pela baixa do lago no verão.

Hora, a falta de chuva ocasiona menos água no lago e a Itaipu tem produzir energia, que, aliás, se gasta mais no verão, justamente nos momentos de recuo do lago e quase sempre, seca.

Outra coisa engraçada.

Se Aécio governou Minas e foi bem ou foi mal, pode ter um pequeno balizamento.

Se Dilma foi revolucionária que lutou pela democracia ou foi dirigente do Conselho da Petrobras, pode ter balizamento.

Na grande maioria dos casos, as pessoas comuns e principalmente os líderes políticos, usam dos acertos e dos erros para nortear os próximos passos.

Acredita-se que tentarão não repetir os desacertos e reeditar o que de bom aconteceu.

Muitos santos que foram canonizados, um dia foram uns diabinhos.

São Paulo, por exemplo, era um matador de cristãos.

 

Elder Boff