No ano que vem os estados brasileiros vão escolher seus novos governadores e também terão que preencher as vagas para o senado e para a Assembléia Legislativa. De quebra tem a eleição para presidente da república. Quanto ao senado, serão duas vagas por Estado. A cada quatro anos são disponibilizadas 27 ou 54 vagas.

Nas últimas eleições em 2006, os estados preencheram 27 vagas. O eleito do Paraná, foi o senador Álvaro Dias, que na verdade foi reeleito, levando um susto de Gleisi Hoffmann, esposa do ministro Paulo Bernardo, que por pouco não lhe tira a vaga. No ano que vem se o senador Álvaro Dias for candidato ao governo, se perder, continua no senado, casa onde o tempo de mandato é de oito anos.

O Datafolha divulgou pesquisa neste final de semana, com os primeiros números da sucessão estadual. Beto Richa, prefeito de Curitiba e Álvaro Dias, ambos do PSDB, lideram na largada. Osmar Dias do PDT aparece em segundo.

Com percentuais bem reduzidos aparecem Rubens Bueno do PPS, Orlando Pessuti do PMDB e Paulo Bernardo do PT. Pelo menos quatro cenários foram construídos. Naquele em que disputam Beto Richa e Osmar Dias, o prefeito leva vantagem: 39 a 31%. Pessuti só aparece com 7% e Bernardo com 3%.

Os outros cenários colocam os dois irmãos senadores um contra o outro, o que, de acordo com declarações de ambos, não há chances de acontecer. Se ocorresse, de acordo com a pesquisa, Álvaro levaria uma vantagem razoável sobre o irmão Osmar.

Sem Beto Richa e Osmar na disputa, Álvaro venceria qualquer candidato no primeiro turno. O mesmo aconteceria com Beto, sem os irmãos Dias nas eleições. Nestes cenários, não ocorreria um segundo turno.

Como Beto Richa e Álvaro Dias são do mesmo partido, não concorrerão entre si nas eleições. Como Álvaro e Osmar Dias, por serem irmãos, dificilmente protagonizariam uma disputa, o cenário para as próximas eleições fica mais evidente, se não acontecerem surpresas. A disputa deverá ser mesmo entre PSDB ou PDT, contra PT e PMDB.

Como a lógica vale bem pouco para a política, Beto Richa pode disputar contra Osmar Dias, por exemplo, este último com apoio do PMDB. O mais difícil de acontecer, porém não impossível, seria a disputa entre os dois irmãos senadores. O falecido pai deles, Silvino, não aprovaria a disputa em família. Pela memória do baluarte da família Dias, talvez essa disputa não ocorra mesmo!