Cotidiano
04.01.2010
DESENHO
José Richa foi o primeiro governador eleito do Paraná na era pós exceção. Ele assumiu o governo em 1983, substituindo José Hosken de Novais que havia assumido por ser o vice-governador eleito indiretamente junto com o titular Ney Braga que ficou no cargo entre 1979 e 1982.
27 anos depois, o filho de José Richa, pode chegar ao governo do Paraná e para que isso aconteça, dois fatores são fundamentais. Primeiro: tem que vencer a corrida interna no partido (PSDB) com Álvaro Dias, o que parece não ser o principal imbróglio, dado as pesquisas citadas anteriormente pelo senador tucano, como preponderantes para escolha do nome. Beto aparece na frente nas sondagens.
O segundo fator é mais delicado, sobre o qual, nem Beto nem Osmar Dias gostam de se manifestar. A mesma coligação que levou Beto Richa para a prefeitura de Curitiba pela segunda vez precisaria ser mantida, em grosso modo. Mas diante da desenvoltura do jovem Richa de 44 anos, o acordo implícito, pode desmoronar.
Osmar Dias percorreu o Paraná inteiro colhendo propostas para o que ele chama de projeto par o Estado, buscando informações de prioridades em todas as regiões. Uma espécie de caravana do Osmar Dias, ocupando espaço que os outros, pouco fizeram.
Ter perdido a eleição por tão pouco, deixou Osmar Dias com água na boca para assumir o Palácio das Araucárias. Decerto, seus eleitores também. O grande problema é que no meio destes eleitores, estavam fãs incondicionais de José Richa, falecido pai de Beto e que numa disputada interna de grupos, optariam pelo tucano de bico novo.
Se por ventura os dois, Beto e Osmar, forem para a disputa, Orlando Pessuti do PMDB, que vai estar como governador a partir de abril vai escancarar sorrisos e almejar um segundo turno com os votos do PMDB, que tem capilaridade no Paraná, com diretórios e vereadores em praticamente todos os municípios paranaenses.
A se confirmar as três candidaturas, Beto Richa ou Osmar Dias, podem ficar fora da disputa do segundo turno a não ser que Pessuti continue com o desempenho pífio na corrida sucessória, tal e qual apresenta nas pesquisas até aqui. Mas é sempre bom lembrar. Caneta cheia escreve melhor!