Cotidiano

07.01.2010

DESEJOS E FELICIDADE!

Ontem falei sobre as loterias e história do jardineiro que mudou de vida e que pode ser pra pior. Hoje continuo falando na linha dos desejos. Das coisas que almejamos, principalmente após datas especiais e mais ainda na virada de ano.

Descontando os mais cheios de dinheiro e os mal afortunados, sobre uma grande fatia da população que deseja de tudo um pouco neste ano.

Eu acredito que nossos desejos estão cada vez mais simplificados e é bom que o sejam. Nada substitui, por exemplo, a saúde. Sem saúde, nem o mais rico dos homens consegue ser plenamente feliz. A doença trás tristeza.

Raros são os altivos acometidos de doenças. Um exemplo desta raridade de pessoa é o vice presidente da República, José Alencar. Ele tem de tudo, é um empresário rico, bem sucedido e garanto que o seu maior pedido não foi um avião novo, um iate abominável ou um carrão de meio milhão. O que ele quer é saúde diante de sua luta insistente contra os cânceres que o perseguem.

Outro desejo simples é a felicidade. Nem sempre a felicidade está atrelada a muito dinheiro. Ao contrário, muito dinheiro leva mais facilmente à infelicidade. Não que ser rico ou pobre seja parâmetro para felicidade ou infelicidade.

Existem ricos que são felizes enquanto outros são extremamente entristecidos. O mesmo acontece com pobres que cantarolam de felicidade com um emprego de salário mínimo, enquanto outros se remoem de tristeza pela falta de conforto.

Então, desejar, buscar a felicidade interior, é um sonho possível, mesmo para os desafortunados. O desejo de felicidade vem atrelado ao sofrimento atual. Em resumo: o que mais lhe incomoda atualmente (dívidas, desemprego, encrenca com parentes ou vizinhos) é o que precisa ser resolvido para a busca da alegria.

O conforto e até o supérfluo, vindo depois deste processo, será muito mais estável.

Elder Boff