Se o fato novo da política nacional foi a desfiliação da senadora Marina Silva do PT, no Paraná o anúncio da pré-candidatura ao senado de Gustavo Fruet, faz tremer os medalhões que se contam vitoriosos com tanta antecipação.

Por mais que o governador Roberto Requião tenha uma avenida larga e aberta ao seu dispor para voltar à câmara alta, a sombra do “novo” ante ao desgaste nítido do senado, pode reverter o quadro otimista da previsibilidade.

O deputado federal Gustavo Fruet é uma espécie de bandeira incólume da política paranaense por trazer na sua bagagem, atuações próximas da perfeição nas comissões onde atua na câmara e a herança genética de um político saudoso, Maurício Fruet, seu pai falecido há 11 anos a serem completados no próximo domingo dia 30.

O senado está estilhaçado com as várias denúncias que vão sendo arquivadas. O povo pode não ignora a sujeira que se bota por debaixo dos tapetes azuis e dar o troco em forma de renovação da casa.

E quem representa renovação no Paraná? Gustavo Fruet está no seu terceiro mandato de deputado federal, mas continua cheirando novo e deve se constituir numa surpresa agradável rumo ao senado da república.

Sorte do Requião é que duas vagas estarão na disputa e ele vai ter que se virar contra Gleisi Hoffmann, Abelardo Lupion, Ricardo Barros ou João Elísio e o senador Flávio Arns que alavanca sua imagem ao bradar contra a blindagem de Sarney.

Para eleição do senado, vamos votar em dois candidatos, em razão da disponibilidade de vagas. Álvaro Dias, se não for candidato ao governo, permanece no senado, pois terá mais quatro anos pela frente. Osmar Dias caminha para ser candidato ao Iguaçu e se não o for, também pode ir para a reeleição a exemplo de Arns.

O fato é que Requião começa a ver seu céu de brigadeiro com cumulus nimbus pela frente. De repente, uma candidatura para a câmara federal resolveria o problema de não poder ficar sem mandato.