Cotidiano
10.11.2014
CONTANDO NOS DEDOS
Talvez com o tempo a gente vá perdendo a paciência para algumas coisas.
É natural a seletividade. Todo mundo acaba virando um pouco seletivo.
Existe a seleção natural das coisas e escolher com quem conviver, por exemplo, é o mínimo que devemos fazer.
Escolher as amizades, selecionando as melhores, é fundamental também.
Não que precisemos desdenhar dos outros ou relega-los ao terceiro plano.
Mas quem não te traz um pingo de otimismo, que é pessimista ao extremo e que só pensa em levar vantagem de você, comece a ignorar. É um santo remédio.
Cultivar amizades superficiais enrola o teu tempo.
Eu sou fissurado por velhinhos e por crianças.
Os velhinhos são, na absoluta maioria, gente de alma pura que merece atenção.
As crianças são a meiguice da inocência e a total falta de malícia.
Às vezes me enjoo da malandragem da falsa aproximação.
Mas mesmo assim sou meio insistente para ver até onde vai.
Cultivo muito a amizade com gente humilde, talvez para aprender a sê-lo mais.
Mas também tenho amigos bem de vida, aos quais nunca exagerei da pedida.
Por falar nisso, amigos, amigos de verdade, aqueles que estão do seu lado com poder ou sem, com dinheiro ou minguado, são quantos?
Acho que todos podemos contar nos dedos.