Cotidiano
08.12.2011
CONFORTO TRINTA DIAS DEPOIS
Hoje se completaram 30 dias da morte de meu pai e a dor ainda lateja, apesar de não ser intermitente.
Ter perdido seu Aquelino de uma forma tão abrupta, desmontou a mim, meu irmão, irmãs e principalmente aquela que viveu com ele por 47 anos, minha mãe d. Rosária.
Os filhos acabam sempre se dispersando, mas o casal não. Permaneceu ali juntinho, incólume a quaisquer intempéries matrimoniais durante quase meio século.
Fico imaginando quando que a dor mais dolorida vai passar em minha mãe, diante da convivência diária com todos os locais onde o pai circulava, dormia, comia e principalmente no açude onde pereceu.
Um dos maiores alívios para o nosso espírito foi quando fui montar, a pedido de minha mãe, o texto de agradecimento que foi para o rádio, alguns dias depois.
Fui buscar a liturgia daquele fatídico dia e me deparei com o seguinte salmo, o qual não sei localizar agora pelo capítulo e versículo:
“Do braço de um rio, verás a glória dos céus”!
Dos braços de um rio...