Cotidiano

06.02.2014

CIDADANIA HONORÁRIA

Santa Helena já deu título de cidadão honorário para um bom número de pessoas que foram representativas para o desenvolvimento do município.

Alguns títulos tiveram polêmicas, sendo aprovados por maioria e não por unanimidade, principalmente aqueles concedidos a deputados.

Mas até agora, nenhuma honraria destas foi cassada.

Quando estive na câmara, um dos mais significativos momentos de reconhecimento foi o título que entregamos para o bispo Dom Olívio e para o ex-prefeito, falecido recentemente, Arnaldo Weissheimer.

Dom Olívio por ter sido um pastor irretocável e que sempre teve um carinho especial por Santa Helena, tendo crismado milhares de crianças daqui durante o seu bispado na diocese de Foz.

Arnaldo, por ter sido o primeiro prefeito e ter puxado recursos próprios para levar adiante o governo.

Lembro que sua esposa, agora viúva, me disse que “brigava” com o marido porque ele levava os móveis de casa para a prefeitura.

Outro título emocionante foi para o padre Valentim, pároco que construiu a matriz atual há mais três décadas, mais ou menos.

Ele tinha saído acuado de Santa Helena, atropelado por mandões de plantão da igreja, pregadores da moral e dos bons costumes, dos outros.

O título foi também um pedido de desculpas comunitário ao sacerdote.

Em Toledo, os vereadores estão ensaiando para cassar um título de cidadão honorário.

É do Henrique Pizzolatto, que foi preso na Itália e é foragido da justiça por causa do processo do mensalão.

A matéria está engavetada no poder legislativo daquele município.

Hitler tinha um título de cidadão honorário de uma cidadezinha alemã, cassado uns 70 anos depois, no ano passado.

Elder Boff