Cotidiano

17.05.2014

CHUVA, "ACUPUNTURA" E DEFUNTO

Escrevi ontem sobre a chuva que tomei no lombo no Maracanã das 11h às 16h45 mais ou menos.

O campo estava uma lagoa e quando parou de chover, a uns 15 minutos antes do início da partida, o pessoal de serviço fincou umas estacas por todo o gramado onde a água se acumulava mais.

Como que por encanto, aquela “acupuntura” deu vazão à água, mostrando a ótimas drenagem do campo e o jogo pode começar normalmente.

Só eu, sem capa de chuva estava feito um pinto molhado.

Na volta para casa, alguém da família do Adilson Noro foi buscar a gente na rodoviária de Cascavel.

Foi quando ficamos sabendo que tinham matado um cara em Santa Helena no domingo e o corpo estava no IML na segunda.

Como repórter, aproveitei a ocasião e fomos ver o defunto.

Foi a primeira vez que vi um cadáver estirado numa gélida forma de alumínio, escalpelado e cortado da altura do pescoço até a cintura.

É o modus operandi dos legistas para “catar” as balas espalhadas pelo corpo do falecido.

Assim terminou nossa viagem para o Rio de Janeiro, numa das importantes aventuras de transmissões esportivas, coisa comum àquela época e que hoje caiu um pouco em desuso, tal e qual nossos eventos esportivos, principalmente dos campeonatos amadores que se esvaziam cada vez mais.

Por curiosidade, vejam os times escalados para aquela decisão de 1987. O Inter tinha um time um pouco desconhecido, mas o Flamengo era um dos mais notáveis de todos os tempos:

Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico (Flávio); Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Técnico: Carlinhos

Internacional: Taffarel, Luís Carlos Winck, Aluísio, Nenê e Paulo Roberto (Beto); Norberto, Luís Fernando e Balalo; Hêider (Manu), Amarildo e Brites: Técnico: Ênio Andrade.

Veja o artigo de ontem

Elder Boff