Modern World
24.05.2017
CHIPS
Na semana passada abordei o tema atual da ocasião que foi a grande invasão hacker que mexeu com estruturas de empresas no Brasil e no mundo afora.
Nesta semana, não tem como deixar de lado a notícia que mais chamou atenção de todos e que desnuda a triste cena da política brasileira.
Mas onde entra uma coluna tecnológica neste assunto.
É bem simples.
Pela primeira vez foram feitas “ações controladas”, num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação.
E para que isso acontecesse, a tecnologia foi usada com ênfase.
As entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro e as conversas ligadas a isso foram filmadas pela Polícia Federal.
As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores da força-tarefa. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais.
Foi a partir dessa delação, que o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso.
Aécio Neves também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley.
A velocidade supersônica para que a Procuradoria Geral da República (PGR) tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio.