Cotidiano

02.10.2009

BURACOS NA JUSTIÇA

Transitando pelas rodovias de nossa região, sentimo-nos tolos e sorrateiramente surrupiados.

A grande maioria dos cidadãos paga seus impostos em dia. Tem aqueles impostos que já são pagos automaticamente, queiramos ou não.

Quanto compramos um automóvel, quando abastecemos o veículo, quando compramos peças de reposição, gastamos nosso dinheiro e enchemos a tulha governamental de impostos embutidos em tudo.

O mínimo que esperamos, e isso vale também para as vias de responsabilidade dos municípios, é que tenhamos condições de trafegabilidade.

Desculpas de falta de orçamento, que foi mal feito e outras lorotas quaisquer, são para protelar o nosso direito de cidadãos pagadores de impostos.

Ou servem os famigerados impostos para manter aspectos mordomísticos de quem se esbalda no poder, com escusa do neologismo se é que o é.

Além de pagar tudo o que citei anteriormente, ainda pagamos IPVA, imposto sobre a propriedade do veículo, que deveria servir também para tapar buracos de estradas.

O governo pensa que todos somos idiotas e que continuamos pagando imposto em peças que tem que ser repostas depois de bater nos buracos das rodovias.

Outro dia precisei trocar o parabrisas do carro. Fui acertado por uma pedra que veio do asfalto que estava sendo remendado no trecho entre Esquina Céu Azul e Santa Helena.

O pessoal da empresa não fez a limpeza depois do conserto. Eu tinha seguro, mas tive que arcar com a franquia de R$90 mais despesas de duas viagens para Marechal Cândido Rondon e ainda trocar o limpador de parabrisas. Também fui um conformado e dancei com pelo menos uns R$170.

Quanta gente que acaba com suspensão de carro, corta pneus e estraga outras partes do veículo e que não se dá ao trabalho de tentar cobrar isso dos responsáveis.

Temos que criar a cultura de entrar na justiça para tudo e pegar de volta o que o governo nos tira, com juros e correção monetária. Chega de conformismo.

 

Elder Boff