Cotidiano
07.02.2011
BOMBA
Antigamente,
nem tanto assim, entre a metade dos anos 1970 e 80, íamos ao Cine Remonti para
assistir um filme, atraídos pelos eloquentes anúncios no fusca vermelho e pela
estampa do cartaz afixado na frente do cinema.
Se
o filme correspondia, todos saíam satisfeitos, comentando as cenas de “muito
tiro e muito soco”, previamente avisados pelo Luizinho (Luiz Remonti, um dos
sócios).
Às
vezes passavam os filmes censurados, quase sempre pornochanchada, sem nada de
explícito, mas o anúncio era “expressamente proibido para menores de 21 anos”!
Quando
um tipo de filme não agradava, o pessoal saia falando: “Foi uma bomba”.
Ontem
a câmara de vereadores de Santa Helena apresentou uma bomba. A propaganda
enganou.
Foi
criada uma “espetacular” expectativa de que a sessão seria “fantástica”, usando
até alguns termos corriqueiros de alguns vereadores.
Que
nada. Foi uma bomba, tal e qual aqueles faroestes que não davam tiro e os
filmes proibidos que não mostravam nada.
O
pior de tudo. O chamado Pequeno Expediente prenunciou, tal e qual um trailer,
que o chamado Grande Expediente (espaço livre para debates de qualquer tema),
seria um gran finale.
Às
vezes faltava energia ou rebentava a fita no Cine Remonti.
Em
tempo: Ontem faltou um pouco mais de objetividade. Há muita repetição e temas
requentados. Sem desmerecer a importância da representatividade da casa e o
esforço dos vereadores, precisa melhorar.