Cotidiano

02.09.2010

BATATINHA QUANDO NASCE...

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Sempre fui piolho de rádio desde pequeno. Completaram-se neste ano de 2010, quarenta anos que falei pela primeira vez no rádio.

 

Foi na Rádio Colméia em 1970, num programa de auditório. Já não era tão novo, contava com “4” anos.

 

Como o pessoal de casa escutava o programa que apresentava artistas locais em São Miguel do Oeste, no CTG Porteira Aberta, mesmo na tenra idade, gostava de ouvir aquilo.

 

Afinal de contas, televisão era algo de luxo, e estava somente aparecendo nos lares. Lembro-me da Copa de 70, que assisti a uma partida debaixo de uma mesa no restaurante do hotel do qual meu pai era sócio.

 

Mas voltando ao rádio, pedi para que meu pai me levasse no dito programa e o apresentador de nome Alexandre Tiezerini, que morreu não faz muito tempo, me chamou para dizer uma poesia, simples, mas de grande significado pra mim.

 

“Batatinha quando nasce...” já era bastante para uma época sem internet, sem a informação ágil e rápida que temos hoje.

 

Aquele gaúcho Tiezerini (foto) começou apresentar o programa “Saudades da Querência” em 29 de março 1959, num domingo de páscoa. O programa durou mais de 40 anos no ar. Durante o período a rádio mudou de nome, passou a se chamar “Peperi”.

 

Apesar das quatro décadas, me lembro direitinho do dia em que dei a mão para o seu Aquelino, que me conduziu pacientemente naquele sábado à tarde para o CTG que ficava a uns mil metros de casa.

 

“Ai que saudades que dá, do meu tempo de guri, de entoar alguns versos para os outros ouvir, do CTG Porteira Aberta lembro o dia em que falei, minha primeira quadrinha, das tantas que depois entoei”

 

(Com esta coluna, homenageio a todos os gaúchos e gauchas e descendentes destes, que vão viver mais uma época de semana farroupilha e comemorar as raízes da maioria de nossa gente)


Elder Boff