Cotidiano
17.09.2013
ASSIM E ASSADO
Lendo um artigo do Arnaldo Jabor, pincei uma frase escrita que é realidade pura.
“No Brasil nunca há hoje, somente ontem e amanhã”.
O texto do famoso cineasta, escritor e colunista arremete no assunto que mais chama atenção nas esferas jurídicas do país.
É o sim ao embargo que poderá levar a novo julgamento os acusados de participar do chamado processo do “mensalão”, que deverá ser definido pelo decano do STF, Celso de Mello.
Nunca fui muito afeito às lides jurídicas, apesar de muitas vezes ser parte delas.
Mas esse não é o foco da minha alusão de hoje.
Aliás, hoje, palavra que existe bem pouco não só no Brasil, conforme o segundo parágrafo acima, mas também por aqui, quando se ouvem declarações políticas.
O futuro está sempre presente nas campanhas. O passado aparece na administração.
O futuro são as promessas e ou propostas eleitorais.
O passado é o esteio para referenciar o que ainda não foi feito.
O hoje da atual administração de Santa Helena é, por exemplo, uns R$ 30 milhões no banco, economizados em razão de que nada vultoso foi feito, só planejado.
Aliás, nem um planejamento vultoso de alguma obra mais significativa foi anunciado até agora.
Mas vira e mexe, por mais que se apregoe outra coisa, as gestões começam a se mostrar mais efetivas a partir do segundo ano, se intensificam no terceiro e se esborracham no quarto.
Ontem estava assim, hoje está assando e amanhã, assado!