Cotidiano

02.02.2014

AS "RIQUEZAS" DOS PRESIDENTES

Vi uma matéria ainda do ano passado, de maio que falava sobre a figura especial de um presidente da república, que de longe deve ter sido exemplo para os governantes máximos brasileiros.

Aos 78 anos, o presidente do Uruguai José Mujica doa 90% de seu salário de 260.000 pesos uruguaios (quase 28 mil reais) a instituições de caridade.

Ele não possui cartão de crédito nem conta bancária.

Sua lista de bens em 2012 incluía um terreno de sua propriedade e dois com os quais conta com 50% de participação, todos na mesma área rural – diz ter alma de camponês, e se orgulha de sua plantação de acelgas, e já pensa em voltar a cultivar flores.



Possui dois velhos automóveis dos anos 1980 (entre eles um Fusca com o qual vai ao trabalho) e três tratores. 

“Por que cheguei a esse ponto? Porque vivi muitos anos em que, quando recebia um colchão à noite para dormir já me dava por contente. Foi quando passei a valorizar as coisas de maneira diferente”.

Quando perguntado se após deixar o governo ele tentará acumular fortuna, ele disse: “Depois terei de gastar tempo para cuidar do dinheiro e muito mais tempo da minha vida para ver se estou perdendo ou ganhando. Não, isso não é vida”, enfatizou.

No Brasil, pelo que declararam os dois últimos candidatos que disputaram o segundo turno, eles também não são considerados ricos.

José Serra declarou ter menos de um milhão e meio em bens.

Dilma Rousseff, um pouco menos, algo em torno de um milhão de reais.

Em tempo, a família de Lula, presidente por 8 anos antes de Dilma, é acusada de ter um patrimônio de mais de R$ 700 milhões em imóveis, participações acionárias em empresas, além de investimentos em títulos públicos brasileiros e papéis do tesouro de países europeus, principalmente da França, em cujos bancos os Silva teriam três caixas de segurança para depósitos.

Capa da Veja: As riquezas só apareceram depois que o pai chegou ao Planalto!

Elder Boff