Cotidiano

12.06.2013

ARENAS

Daqui a um ano, vai começar a Copa do Mundo de Futebol no Brasil e uma nova moda pegou em relação aos estádios.

Justamente isso: Estádios!

Eles estão em extinção. Os novos e os remodelados estão virando arenas.

E tem gente que critica quando falam que o futebol é uma guerra.

Pior que guerra, é uma luta quase que ancestral.

Pouca diferença daquelas batalhas nas arenas romanas, nas quais se engalfinhavam com armas esquisitas e pesadas.

Admiro-me que não passaram a chamar os estádios de coliseus.

Adentrei em 1998 ao Coliseu em Roma (foto), onde as lutas embebedavam os soberanos e aniquilavam pelo menos um de cada dupla de oponentes.

A próxima copa vai ser mesmo uma grande luta.

Não me iludo com a vitória contra a França domingo passado na ARENA do Grêmio.

Torço para estar equivocado, mas temos que avançar muito para não passar vergonha na competição.

Aliás, torço até para que a gente tenha solavancos na Copa das Confederações, para que não se crie uma ilusão de ótica e tombemos miseravelmente depois.

De outra feita, a Copa do Mundo no Brasil deverá deixar marcas irrepreensíveis de melhora nos aeroportos, comunicações e é claro, nos próprios estádios. Ops, Arenas!

Não acredito que virem elefantes brancos como aconteceu na África, depois da copa deles.

O Brasil, indubitavelmente é o país do futebol e com o crescimento do contingente social dos principais clubes, mormente aqueles que vão sediar a copa, a ocupação dos espaços será satisfatória.

Ainda mais que as arenas, ao mesmo tempo em que se modernizaram na questão de comodidade, visibilidade e acessibilidade, diminuíram a capacidade de público, o que por si só, já garante mais fácil a lotação dos estádios. Das arenas.

Elder Boff