Cotidiano
10.03.2010
ANTES QUE SEJA TARDE
Reascendeu-se uma discussão
interessante sobre os royalties e sua utilização ao longo do tempo em Santa
Helena e nos demais municípios lindeiros.
Santa Helena já recebeu
mais de U$293,2 milhões desde que o repasse foi iniciado para os municípios e
demais credores do benefício.
Bem mais de meio bilhão de
Reais circularam pela prefeitura local e é digno a população saber bem certinho
onde os valores foram realmente aplicados.
Estão falando que em 2023
os recursos dos royalties serão cessados. A princípio não há razão para que
isso aconteça, visto que os royalties são um ressarcimento pelo aproveitamento
hidráulico.
Enquanto nós e demais
municípios cederem a terra alagada para a represa, o aproveitamento hidráulico
é passivo do ressarcimento.
Mas é bom pensar que em
2023 a teta venha a secar. Ainda quando estava na câmara, fiz discurso na
tribuna, falei no rádio, escrevi em minha coluna e ainda, propus
verbalmente na associação comercial, que fosse lançado um programa intitulado
de “Santa Helena 2023”.
Numa organização dos
poderes constituídos e da sociedade civil, seriam delineados pontos específicos
de investimentos dos recursos da Itaipu, numa escala progressiva até 2023.
Estabelecer-se-ia um tripé desenvolvimentista baseado na educação (faculdades
públicas e privadas), agronegócio (incentivo a indústrias de absorção de
produtos e animais aqui produzidos) e o porto, com sua navegação de travessia e
cabotagem.
Tudo ao redor: agricultura
(com mais apoio), esportes, turismo, educação de responsabilidade local e a
saúde, teriam seus investimentos crescendo paralelamente ao progresso
populacional que precisaria ser incrementado.
Agora, existe outra
preocupação. Com a possibilidade da distribuição de royalties do pré-sal além
dos municípios produtores, começamos a correr o risco de ver repartido o
repasse de royalties da Itaipu, além dos municípios impactados diretamente.
De qualquer maneira, é hora
de ação que leve mesmo o nosso município e os outros para a auto sustentabilidade,
sob pena de ter visto a caravana dos royalties passar e a gente chorar os
dólares derramados.