Religião
11.08.2014
ÁGUAS AMARGAS QUE SE TORNAM DOCES
Ex 15:22-25: “Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água. Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o seu nome Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um lenho que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces: ali lhes deu estatutos e uma ordenação, e ali os provou.”
Moisés, ouvindo a murmuração do povo, clama ao Senhor, e Deus, da sua eternidade, orienta a Moisés para que ele tomasse um lenho de madeira e lançasse nas águas, e assim ele o fez, e as águas antes amargosas se tornaram doces e Israel agora poderia saciar-se.
Nós bem sabemos que há um paralelo perfeito entre a caminhada do povo de Israel até a Terra Prometida com a trajetória da Igreja, que caminha em um deserto (o mundo em qual vivemos) em direção a Terra Prometida (Eternidade).
Da mesma forma que Israel passou por dificuldades, foi provado, passou por momentos difíceis e contaram com o recurso de Deus para a vitória, nós também (a Igreja) passamos em alguns momentos, por situações difíceis, mas sabendo sempre que podemos contar com o recurso de Deus (Jesus) para vencer as nossas lutas.
O caminho de três dias nos fala profeticamente da morte e ressurreição do Senhor Jesus, a palavra do Senhor relata que justamente ao terceiro dia, quando o povo precisava saciar sua sede, precisava do descanso para continuar a caminhada, o Senhor orienta a Moisés que tomasse o lenho e jogasse sobre as águas, transformando a água amarga em doce.
Uma representação profética extraordinária que aponta justamente a amargura do pecado do homem que estava sobre JESUS quando tomou o nosso lugar na cruz do calvário, levando sobre si a amargura da morte, tão bem descrita pelo Profeta Isaías 53: 4 -“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.”
No verso 25 a Palavra nos diz que o Senhor mostrou a Moisés o lenho que seria usado para transformar a água amarga (morte) em doce (vida), mostrando a participação da Trindade no Projeto de Salvação, ou seja, o Pai, na Eternidade, orienta a Moisés (Espírito Santo) para que usasse o recurso que Deus preparou, ou seja, o lenho, que é a figura de Jesus Cristo homem (o Filho).
O lenho não tinha valor algum aos olhos da razão humana, era desprezível, mas trazia consigo um valor extraordinário quando olhamos para o aspecto profético bem descrito pelo Profeta Isaías, 53:2 - “… como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.”
Nos dias de hoje
Às vezes, na nossa trajetória, nos encontramos diante desse mesmo quadro, as águas se tornam amargas (lutas, provas, insegurança), impróprias para beber, mas Deus tem um propósito de saciar a nossa alma, mas ela não vai ser saciada pelas águas amargas, e, sim, quando o Espírito Santo nos revela Jesus como a solução para a nossa alma, o Jesus que tomou sobre si a amargura dos nossos pecados.
Já estamos no oitavo mês de mais um ano, que se descortina para nós naturalmente, mas trazemos conosco as expectativas, os anseios e desejos, estes estão diante de nós muitas vezes, teremos que passar por águas amargas, mas não podemos esquecer que o recurso de Deus para Israel foi aquele lenho que transformou as águas amargas de Mara em águas doces.
E o recurso para nós hoje, como Igreja é a mesma experiência, é Jesus revelado, que o Pai revela a nós por meio do Espírito Santo.”
Vivemos esse momento profético, marcado por grandes conflitos, onde muitas vezes as águas se tornam amargas, as lutas do homem, os lares, as famílias, a situação adversa que é desenhada neste momento da vida, mas JESUS continua sendo a solução de Deus para o homem, pois é ELE que transforma a morte em vida, as águas amargas em águas doces, que transforma o interior do homem, que sacia o interior do homem, porque ele traz consigo um grande mistério que é a sua alma, alma que anseia por esse DEUS que se revela, como diz o Rei Davi. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo…” Sl 42:2
É justamente neste momento que vivemos, momento profético de grande amargura, de grandes aflições, e expectativas, que JESUS quer se revelar ao seu coração como a solução para a sua alma, transformando aquilo que está amargo em doce.
DEUS o abençoe e até a próxima edição se assim o permitir. Kety Rubel [email protected]