Cotidiano
12.05.2014
ABSURDOS VIOLENTOS
A que ponto chega a violência. A que ponto chega a volúpia de pessoas pelo dinheiro, pelos bens materiais.
É normal a busca do sucesso, a caminhada rumo à estabilidade, o conforto.
Mas chegar ao cúmulo de matar um pequeno indefeso menino, como o caso do garotinho gaúcho que foi vitimado por uma trama familiar, já ultrapassa os limites do aceitável.
Fazer justiça com as próprias mãos já é considerado algo temerário. Fazer injustiça com as próprias mãos é algo abominável, caso da mulher linchada por suspeição de que seria uma raptora de crianças.
Estes são dois assuntos que tomaram conta da mídia no Brasil, com repercussão internacional nas últimas semanas e espelham um cotidiano marginal, do qual partícipes não são bandidos de carteirinha.
A violência intrínseca pela qual vive o país, as manifestações por qualquer coisa, às vezes sem um motivo tão forte assim, começam a tomar corpo e assustam.
O repórter cinematográfico acertado por um rojão, aquele caso esdruxulo do torcedor que morreu na saída de um estádio, atingido por um vaso sanitário que despencou por sobre a sua cabeça, não dando chance mínima de reação ou defesa.
O cidadão está caminhando e de repente, do nada, é atingido mortalmente na cabeça.
Ônibus são queimados às pencas todos os dias.
Fachadas de estabelecimentos são depredadas.
O que poderá acontecer na copa? Os oportunistas, às vezes mascarados, de plantão, vão querer aproveitar o holofote do mundial, para aprontar.
De que adianta agora protestar contra a copa? Ela não vai deixar de acontecer.