Psicologia
12.04.2019
Abril é o mês de conscientização do AUTISMO.
O mês de abril é lembrado pelo dia Mundial de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), O TEA reúne quatro desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância: Transtorno Autista, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno Generalizado do Desenvolvimento Não-Especificado, e Síndrome de Asperger.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2017, constatou que uma em cada 160 crianças possui um Transtorno do Espectro Autista. Os sintomas começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, comprometendo as habilidades de comunicação e interação do indivíduo. A sintomatologia pode variar de acordo com o grau de comprometimento, variando de leve, moderado a grave.
Uma pessoa diagnosticada como de alta funcionalidade apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um portador de média funcionalidade tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o paciente de baixa funcionalidade vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.
Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada portador se relaciona, se expressa e se comporta.
Alguns sintomas que podem ser observados:
- Apresentam dificuldades para brincar de faz de conta na infância;
- Apresentam movimentos corporais repetitivos;
- Demonstram apego anormal aos objetos;
- Acessos de raiva intensos;
- Podem se tornar agressivos consigo mesmo ou com outras pessoas;
· Problemas na comunicação como:
Ø Não conseguir iniciar ou manter uma conversa;
Ø Comunicar-se com gestos ao invés de palavras;
- Desenvolver a linguagem lentamente ou não a desenvolver;
- Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água");
- Não apontar para chamar a atenção das pessoas para objetos (acontece nos primeiros 14 meses de vida);
- Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais.
- Dificuldades na interação social:
- Dificuldades em fazer novos amigos;
- Dificuldade em participar de atividades interativas;
- Pode não responder a contato visual e sorrisos, ou até mesmo evitar o contato visual;
- Pode tratar as pessoas como se fossem objetos inanimados;
- Em alguns momentos demonstra falta de empatia;
- Prefere ficar sozinho;
- Sensibilidade a estímulos sensoriais (hiper ou hipo):
- Tem visão, audição, tato, olfato ou paladar ampliados ou diminuídos;
- Pode achar ruídos normais dolorosos e cobrir os ouvidos com as mãos;
- Pode evitar contato físico por ser muito estimulante ou opressivo;
O Transtorno do Espectro Autista não tem cura, o tratamento deve ser multidisciplinar, englobando médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pedagogos e tratamento medicamentoso. Em resumo, tudo isso visa incentivar o indivíduo a realizar, sozinho, tarefas do dia a dia.
As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida de pessoas com TEA e seus cuidadores.
As intervenções voltadas para pessoas com TEA devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos, sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
Você pode estar acessando os sites da Associação Brasileira de Autismo (ABRA), e também da Associação de Amigos do Autista (AMA) para maiores informações:
http://www.autismo.org.br/site/
Referências:
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V).
http://www.autismo.org.br/site/
https://www.youtube.com/watch?v=y-_Ly5Tqggc&feature=youtu.be
Imagem:
Ministério da Saúde
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