Cotidiano
01.07.2015
A MORTE DOS CANTORES E AS MEXIDAS DE JUCE
Fiquei 15 dias sem escrever por aqui e fui interceptado por aí por vários leitores que se diziam órfãos da coluna, abandonada que foi momentaneamente.
Nem tanto mestre.
Alguns exageram, mas todos querem ver o circo pegar fogo.
E olha que não faltou assunto durante esta quinzena, aqui e acolá.
Pelo país, a notícia de maior repercussão foi a morte do cantor Cristiano Araújo.
Morreu no mesmo dia do tradicionalista, mestre do gauchismo, Antônio Augusto Fagundes, o Nico Fagundes, autor da maravilhosa canção que quase virou hino do Rio Grande do Sul: Canto Alegretense.
O primeiro, Cristiano, fez músicas como essa:
“Bará bará bará, Berê berê berê
Bará bará bará, Berê berê berê berê
Bará bará bará, Berê berê berê
Cristiano Araújo fazendo bará, berê
E quando eu te pegar, você vai ficar louca
Vai ficar doidinha, doidinha dentro da roupa”.
O segundo, Nico:
“Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy”.
Mas deu azar o poeta Nico Fagundes, porque morreu no mesmo dia do Cristiano.
E a ordem de aparição nos noticiários respeita o fator midiático, sem entrar no mérito de quem mereça mais ou não.
Já por aqui, em Santa Helena, uma verdadeira revolução política.
O prefeito mexeu com pelo menos quatro secretarias e duas cadeiras na câmara.
Estas mexidas um tanto quanto radicais me fazem raciocinar de duas maneiras diferentes.
Primeiro, a coisa não anda bem administrativamente e o negócio é agir com habilidade política.
O segundo pensamento é que Juce talvez queira realizar um sonho de consumo: Ser candidato único.
Nico Fagundes: \"Não me pergunte onde fica o Alegrete\"
Cristiano Araújo: Comoção popular
Juce: Habilidade política?