Cotidiano

30.03.2009

A MORTE DO IGUAÇU


(acima do Rio Grande do Sul, ao lado de Santa Catarina e Paraná, assim seria o mapa (verde) do Estado do Iguaçu)

O Estado do Iguaçu, acaba de sofrer um baque com a morte de seu mais ferrenho defensor da história, que por muito pouco não viu seu sonho se tornar realidade.

Pude compartilhar uma pequena parte desta luta, participando de várias reuniões pelo oeste do Paraná e Santa Catarina há cerca de vinte anos, quando eclodiu a febre emancipacionista cujo precursor era Edi Siliprandi que morreu neste último final de semana.

Já conheci muitas pessoas obstinadas, mas com aquele entusiasmo e determinação na busca de um objetivo como a luta de Edi Siliprandi, jamais. Com muitos argumentos a favor da criação da nova unidade da federação, se elegeu deputado federal e justamente quando teria que fazer a defesa de sua tese na sessão de votação, sofreu um acidente e teve que ser substituído no parlamento durante aquele dia tão importante.

Para sua tristeza, o congresso acabou não aprovando a idéia do plebiscito que levaria, sem dúvida alguma, à criação do Estado do Iguaçu. Paralelo à sua luta viu criado um novo estado, muito menos viável, que foi o Tocantins. Foram situações que levaram Siliprandi à angústia e menosprezo pela política.

O Iguaçú seria separado do Paraná pelo oeste e sudoeste e de Santa Catarina, pelo seu oeste inteiro, incluindo a bela e progressista Chapecó. A capital, por razões geográficas, poderia ser no sudoeste do nosso estado, Pato Branco talvez.

A subdivisão territorial de Santa Catarina e o Paraná sucumbe com Edi Siliprandi, que junto consigo leva enterrada a idéia que transformaria nossa região e as demais áreas compreendidas da área emancipanda, ao estado mais rico do Brasil.

Até hoje, os governos dos dois estados continuam enviando migalhas para nós. Como dizia Edi Siliprandi: “Mandamos-lhe um boi e eles nos devolvem um bife!

 

 

 

Elder Boff