Cotidiano

16.04.2015

A MALDIÇÃO DOS TESOUREIROS

Em qualquer sociedade, por menor que seja, a escolha do tesoureiro é sempre bem meticulosa.

Geralmente, é posto de tesoureiro numa chapa de diretoria, quem entende um pouquinho de finanças, mas sobremaneira, é honesto.

No Brasil, a praga dos tesoureiros atinge patamares de ruborizar qualquer um.

O mais famoso tesoureiro da história recente do país foi Paulo César Farias.

Lembram-se do Esquema PC Farias, que virou sinonímia de coisa ruim e contribuiu decisivamente para o impeachment de Collor?

Ele foi tesoureiro da campanha de Fernando Collor e explodiram escândalos, que culminaram inclusive com a sua morte, misteriosa até hoje.

Badan Palhares, um perito, teria fraudado a necropsia e o crime não está esclarecido até hoje.

Depois, tentaram tirar o posto de tesoureiro escandaloso mais famoso: Veio Delubio Soares, do esquema Mensalão, que também foi tesoureiro.

Agora, mais recentemente, João Vaccari Neto, substituto de Delubio na tesouraria do Partido dos Trabalhadores, preso pela Polícia Federal em razão da Operação Lava-Jato.

E na lista dos mais de 8 mil correntistas brasileiros no HSBC na Suíça consta o tucano Márcio Fortes, ex-tesoureiro do ex-presidente FHC e de José Serra.

É a verdadeira maldição dos tesoureiros.


Elder Boff