Cotidiano

05.03.2009

A MALA – TERCEIRA PARTE

Aquele prefeito era precavido. Viajou com pelo menos quatro malas, todas estilizadas, pareciam niqueladas, em fim, uma bagagem de dar inveja aos ocidentais da trupe. Ao chegar ao primeiro hotel na Europa, o elevador escapou com metade delas.

Por incrível que pareça, na volta, o homem precisou comprar pelo menos mais uma mala para trazer as lembrancinhas do velho continente.

Feito o check-in, diante do elevador ele colocou duas malas no elevador e se voltou para pegar as outras duas, mais umas sacolas, sim havia sacolas também. Quando se virou para o elevador, ele já havia fechado e seguiu seu curso sozinho, carregando a primeira parte da bagagem do prefeito.

Meio estabanado, a autoridade pensou num instante, que suas malas sumiriam. Obviamente que isso não aconteceria e o indivíduo logo recobrou a tranqüilidade.

Meia dúzia dos viajantes testemunhou a cena e não conteve os risos. O elevador voltou, lá estavam seus pertences. Como era estranha a nomenclatura das teclas, o pessoal não tinha descoberto o botão que mantinha a porta do elevador aberta e o jeito foi improvisar com uma pessoa de pernas abertas segurando-a para não fechar enquanto o prefeito terminava de colocar sua coleção.

Elder Boff