Religião
18.08.2014
A CAMINHO DAS ÁGUAS AMARGAS PARA A ÁGUA DA VIDA
É impressionante passear pelo deserto de carro ou de ônibus com ar condicionado, ou mesmo fazer uma caminhada de algumas horas no deserto. Mas foi algo bem diferente quando um povo de vários milhões de pessoas, com suas crianças, seus animais e seus utensílios domésticos, andou pelo deserto durante três dias, padecendo com o calor, os perigos, a fome, a sede, o cansaço e a exaustão. É verdade que eles conseguiram escapar dos patrões egípcios que os mantinham como escravos e o exército egípcio foi "tragado de todo" pelo mar, (Hebreus 11.29).
Em (Êxodo 15.1) "Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro."
Que grande livramento foi esse milagre de DEUS! Por detrás de Israel estava a poderosa e protetora mão de DEUS, que afugentava os inimigos; sobre o povo de Israel estava a nuvem da glória que dirigia, conduzia e indicava a presença de Deus; diante dele estava a Terra Prometida que oferecia leite e mel – mas debaixo de seus pés só havia areia quente e pedras! Assim eles vaguearam pelo deserto de Sur e não encontraram água. As gargantas estavam secas, as crianças choravam, os animais berravam. Então, depois de três dias – e não foi uma miragem! – eles viram muita água. Com alegria e expectativa eles correram depressa para lá. Água! Água! Mas, que horror! Ela era amarga, um líquido intragável e venenoso.
Todos gritaram:"Mara! Mara!"(amargor!) Que dolorosa e amarga decepção!
"Moisés, o que é isso? Tu nos guiaste até aqui para que morramos de sede?", Gritaram as pessoas indignadas. "E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?" (Êxodo 15.24). Agora reinava a indignação e a raiva no meio daquela grande multidão sedenta. Até mesmo uma multidão disciplinada pode fugir ao controle quando é exigida além de suas capacidades. Mas nem ao povo escolhido de Deus, nem a nós é permitido fazer-Lhe a pergunta repreensiva: "Por que permites que teus filhos experimentem tanta frustração e amargura?!"
Nós cristãos também passamos e ainda passaremos por diversas decepções, decepções estas por parte de pessoas ou de circunstâncias adversas
* Como conseguimos nos arranjar com essas amargas frustrações?
* Como reagimos quando somos sacudidos e perdemos o rumo por falta de vigilância interior? – Reagimos segundo a natureza do Cordeiro, (JESUS), que deveria ser também a nossa natureza, ou ficamos indignados?
A amargura é uma erva daninha que procura sufocar, uma raiz que sempre procura se alastrar na vida de todo aquele que se deixa influênciar e se dominar por ela. Mas em nós não deve acumular-se "água de amargura", pois quando ela fica represada em nosso íntimo, Satanás prontamente estará a postos transformando essa amargura em rebelião e ira. Ele, porém, não deve alcançar esse objetivo! (Heb. 12.15)
"Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados", adverte-nos o Senhor.
Quando falamos com amargura sobre outras pessoas, contaminamos os que estão ao nosso redor e nos tornamos culpados, pois pecamos.
JESUS quer libertar-nos desse pecado!
Quem não quer vencer ou abandonar a amargura em nome de JESUS, não precisa admirar-se quando fica melancólico e triste.
Quem sabe você, como eu já chegamos Conhecer pessoas que se afogaram no "lago da amargura". Mas na Cruz de JESUS há poder para a vitória!
Quem afirma que ao seguirmos a Jesus estamos livres de temores e decepções, está mentindo. Jesus mesmo disse: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (João 16.33).
Devemos reivindicar para nós essa vitória sobre a amargura em nome de Jesus, e devemos tomar posse dela pela fé.
O apóstolo Paulo, testemunha:"...que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (Atos 14.22).
Andar no caminho estreito e penoso tem valor eterno, pois ele conduz ao alvo celestial: "Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8.18), garante-nos Paulo.
Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.
Por que Deus levou Seu povo pelo deserto, ao invés de conduzi-lo pelo caminho direto, plano e cômodo junto ao litoral, em direção à Terra Prometida?
Encontramos uma primeira explicação em (Êxodo 13.17): "Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito."
Deus, que sonda os corações, conhecia Seu povo e sabia das suas limitações.
Oxalá nós mesmos conheçamos nossas limitações!
No deserto eles não tinham outra alternativa do que seguir a nuvem que ia adiante deles. Mas o povo de Israel foi conduzido exatamente nesse caminho em sua jornada para a Terra Prometida. (Isaías 60.16)"...saberás que eu sou o Senhor, o teu Salvador, o teu Redentor, o Poderoso de Jacó."
O alvo de Deus era levá-los a conhecer esse Salvador e Redentor. Eles deveriam aprender a confiar nele!
* Será que nós também conseguimos ver e reconhecer a ação de Deus em nossas vidas, ensinando-nos e levando-nos a reconhecer Sua intenção mais elevada para conosco?
Até o dia de hoje é assim, pois Deus não deixa Seus filhos seguirem sempre por caminhos cômodos e sem obstáculos.
Jesus nos diz: (Mateus 7.13-14) "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela".
São os caminhos largos e espaçosos o de morte, e os caminhos estreitos, que conduzem para a vida eterna! www.igrejacristamaranata.org.br
DEUS o abençoe e até a próxima edição se assim o permitir.
Kety Rubel
[email protected]