Cotidiano
09.03.2012
25 ANOS – VII
Era costume antigamente, os programas de auditório no rádio, dando oportunidade para os talentos locais apresentar o trabalho.
Uns cantavam e tocavam bem, outros era difícil aguentar e outros tantos, piores ainda, mas estavam lá, para garantir o programa.
O Salão do Ipê era palco de alguns programas de auditório que apresentei durante um período nos primeiros cinco anos de rádio.
Num destes programas, fui tomar um gole de Coca-Cola no bica da garrafa e levei uma picada de abelha, ferroando na boca.
Estava metido à gaúcho, com um chapéu atolado na testa e a ferroada da abelha começou a surtir efeito, inchando “os beiços”.
Chegou um dos cantores, já meio grogue duns goles, olhou pra mim que estava com o microfone na mão, chamei o vivente e ele se pôs a cantar.
Antes, porém, como era de praxe, mandou os abraços pra todo mundo e também para o locutor novo que apresentava o programa.
O índio velho, bem conhecido meu, não me havia reconhecido por causa do inchume na cara!