Cotidiano

16.10.2008

1ª QUINZENA - SETEMBRO 2008

Não tem jeito

Faltando ao redor de três semanas para o pleito, difícil é escrever sobre outra coisa senão a respeito de política e o que pode advir do resultado do próximo pleito. Nos municípios lindeiros alguns prefeitos de primeiro mandato não foram à reeleição e assistem de camarote o desfile das promessas que todos fazem, muitas delas baseadas em dados ou deficiências mais recentes.

Velhos protagonistas

O caso de Santa Helena expõe melindres que ambos os candidatos pisam em ovos quando fazem referências às melhorias que planejam e ecoam através de seus encontros e na propaganda do rádio. Os dois, Julio Morandi e Silom Schimidt, já foram prefeitos e muito do que prometem, deixaram de fazer lá atrás e simplesmente criticar o atual prefeito por não ter feito algo, às vezes é tiro no próprio pé.

Se fosse só aqui

De repente os eleitores, e muitos falam sobre isso, ficam raciocinando por que duas figuras já carimbadas da política local estão novamente frente a frente, antagonizando uma disputa eleitoral, num terreno no qual são partícipes lá se vão duas décadas. O que eu sempre falo é que não é característica exclusiva de Santa Helena, vide outros municípios.

Exemplos

Itaipulândia participam da eleição os mesmo dois que inauguraram a disputa na era pós Aparecidinha. Em Missal, lá está o velho Laci Giehl, a se considerar que a oposição inovou um pouco com um político mais jovem, Adilton Ferrari, que exercia cargo de vereador somente. Em São Miguel do Iguaçu, Armando Polita, em Medianeira Elias Carrer, em Santa Terezinha, Ana Carlessi, em Marechal Rondon, Dieter Seyboth e por ai vai...

Imaturos

Então, dizer que aqui a política é comandada pelos mesmos há muito tempo, pode refletir a verdade, mas não a exclusividade. Para mudar isso, só um processo comportamental. Acho que isso é reflexo de vivermos num país jovem a se comparar com milenares outros povos. Ainda temos latente o senhorio de engenho, o atrelamento a Portugal ou algo do gênero.

Troca?

Agora com esta história da cassação do registro da candidatura de Silom Schimidt em Santa Helena, as especulações estão todas voltadas para quem o substituirá, caso seja mantido no TSE o que foi decidido por unanimidade no TRE. Um dos nomes mais cotados seria uma solução caseira: Rita, esposa do Silom.

Outra opção?

 Há quem defenda uma oportunidade de mudança um pouco mais ousada, encaixando uma figura mais jovem e que hoje detém um grande universo eleitoral, com uma base sólida: Jucerlei Sotoriva, o vereador mais votado de Santa Helena no último pleito e que caminha a passos largos rumo à reeleição.

E o vice?

Ninguém falou do vice, mas acredito que o Edimar Santin, no caso da necessidade de troca da cabeça, permaneça quietinho ali na sua condição. A não ser que ele se sinta o substituto natural e queira ascender para o posto principal da majoritária, já a partir de agora.

Que chance!

Se por força legal, teria que ser trocada uma candidatura em Santa Helena, bem que do outro lado poderia também aproveitar a onda e renovar. Daria uma reanimada na campanha mais chocha que já presenciei desde a tenra idade de 11 anos, quando comecei me encantar com a política, ouvindo o discurso de um candidato a deputado. Quando me desencantei? Alguém perguntou isso?

 

Elder Boff