02.12.2008

1ª QUINZENA DEZEMBRO 2008

BARÃO VERMELHO: A CARA DO ROCK TUPINIQUIM!

 

O Barão surgiu em 1981, na cidade do Rio de Janeiro, quando dois estudantes Guto Goffi e Maurício Barros decidiram formar uma banda de rock’n roll, misturando o blues, além de serem fortemente influenciados pelos Rolling Stones. Algum tempo depois se uniram a Roberto Frejat e a Dé. Para assumir os vocais convidaram Cazuza que acabou mostrando algumas letras que havia escrito, a partir daí não demorou para que o Barão deixasse de ser uma banda cover até então e começasse a compor suas próprias canções, e formasse um repertório próprio. O nome da banda foi inspirado no desenho Snoopy, que tinha como inimigo o Barão Vermelho.

 

Em 1982, o som Barão começou a chamar a atenção do produtor Ezequiel Neves e o diretor da Som Livre Guto Graça. Juntos eles produziram o primeiro disco da banda em apenas dois dias. Destaque para “Bilhetinho Azul”, a clássica “Ponto Fraco” e blues “Down em Mim”. Depois de alguns shows no Rio e Sampa, voltaram ao estúdio e gravaram o LP Barão Vermelho2, lançado em 1983.

 

Embora o quinteto fosse promissor, as rádios ignoravam o som do Barão, só depois que o Caetano Veloso incluiu a música “Todo amor que houver nessa vida”, em seu show, o Barão começou a ter o destaque que merecia. Tamanha foi à repercussão que eles foram chamados para compor a trilha do filme “Bete Balanço”, depois disso tudo aconteceu. “Aproveitando-se disso lançaram o terceiro disco “Maior Abandonado”,em 1984, vendeu mais de cem mil cópias em seis meses, esse é um dos grandes discos do rock tupiniquim, lá estão “Maior Abandonado”, “Bete” Balanço”, “Por Que a Gente é Assim” e a bluseira “Não Amo Ninguém”. Já em 1985, o Barão tocou no Rock in Rio.

 

Depois disso Cazuza saiu da banda, Frejat assumiu os vocais e em 1986, lançaram o disco “Declare Guerra”, que apesar de ser um bom disco não teve a divulgação merecida, destaque para “Desabrigado”, “Declare Guerra, e “Bumerangue Blues”, essa em parceria com Renato Russo. Em 1987, lançaram o álbum Rock’n Geral, destaques para “Dignidade”, “Amor de Irmão” e “Que Me olha Só”, sem dúvida um dos melhores blues já criados por aqui, o solo de guitarra do Frejat é de arrepiar. Nesse mesmo ano saiu da banda Mauricio Barros (teclados) e entraram Fernando Magalhães (guitarra base) e Peninha (Percussão). Em 1988, lançaram o disco Carnaval que estourou nas rádios com a música “Pense e Dance”, garantindo ao Barão a oportunidade de abrir a turnê de Rod Stewart no Brasil. No ano seguinte o Barão lançou o seu primeiro disco ao vivo, gravado em São Paulo. Em 1990depois de constantes brigas Dé (baixo), abandonou a banda entrando Dadi em seu lugar. Também nesse ano o Barão grava o álbum “Na Calada da Noite”, mostrando o lado mais acústico do grupo, destaque para ‘O Poeta Está Vivo”, uma alusão a Cazuza que morreria de AIDS alguns meses depois.

 

Ainda em 1990, todos os integrantes da banda são apontados como os melhores em suas categorias, e em1991, o Barão é escolhido por unanimidade de público e crítica da revista Bizz, como a melhor banda do ano. Em 91 e 92, receberam o Prêmio Sharp de melhor grupo de rock, também é eleita a melhor banda do Hollywood Rock.  Em 2004, lançaram o álbum “Barão Vermelho”, com destaque para “Cuidado” e “A Chave da Porta da Frente”, que recolocaram novamente a banda na grande mídia. Nesse período também foram gravados o DVD e Cd ao vivo no lendário palco do Circo Voador. No dia 12 de janeiro de 2007, abanda fez seu último show no RJ antes de anunciarem uma nova parada “de férias”. Não há previsão de retorno, porém a banda lançou um livro sobre a sua carreia e o DVD com o histórico show realizado no Rock in Rio I.