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11.03.2013

UM DIA (1978 O ANO DOS TRÊS PAPAS)

Falta apenas um dia para o início do conclave que vai escolher o sucessor de Bento XVI. O tema me fascina, por isso, escrevo hoje, amanhã e depois sobre esta grande expectativa.

 

Obviamente a grande expectativa é pela eleição de um papa brasileiro. O Brasil inteiro iria se orgulhar muito, mas nós, aqui do oeste do Paraná, sobremaneira.

 

D. Odilo foi ordenado padre no oeste do nosso estado, veio novo, com apenas dois anos, com a família para Dois Irmãos, lugarejo pertencente ao município de Toledo.

 

Ontem ele rezou missa em Roma, na Igreja Santo André do Quirinal, da qual é titular. Mais da metade da plateia era formada por jornalistas.

 

Ele se mostrou surpreso com tanto assédio, mas não proferiu uma palavra sobre o conclave, a não ser pedir orações ao Espírito Santo para “este momento difícil e importante” da igreja.

 

A missa inteira foi dita em bom e fluente italiano, com excessão de uma saudação a um diplomata brasileiro que se encontrava no recinto.

 

Me lembro bem da emoção de esperar a fumacinha branca. Nasci em 1966 sob a égide do papa Paulo VI, que viveu até eu completar 12 anos em agosto de 1978.

 

Morava com meus avós maternos e acompanhei a eleição do sorridente João Paulo I.

 

Pouco mais de um mês depois, me falaram que o papa havia morrido e reagi dizendo que já sabia, faz um mês.

 

-Não, morreu o outro papa, o novo. No começo não acreditei. Não haviam redes sociais e as notícias só corriam pela TV e o rádio.

 

João Paulo II acabou escolhido papa, uma novidade, um polonês depois de tantos anos com italianos se sucedendo.

 

O ano de 1978 ficou conhecido então, como o ano dos três papas.

 

João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005 e apenas 17 dias após e depois de um curto conclave, “Habemos Papam” com a eleição do sumo pontífice Bento XVI que acabou renunciando no dia 28 de fevereiro passado.

 

Pelo histórico de demora dos três, quatro últimos conclaves, o novo papa deve ser escolhido no máximo até sexta-feira dia 15 de março, se não houver surpresa.

 

Continuamos na torcida por dom Odilo Scherer!