Jean-Auguste-Dominique Ingres foi um proeminente pintor neoclássico francês do século XIX, nascido em 1780 em Montauban e falecido em 1867 em Paris. Ele é conhecido por sua habilidade excepcional no desenho e sua representação idealizada do corpo humano, bem como por seu domínio técnico na pintura de retratos e obras históricas.

Ingres estudou na École des Beaux-Arts em Toulouse e, posteriormente, em Paris, onde se tornou aluno de Jacques-Louis David, o principal pintor neoclássico da época. Influenciado pelo classicismo, Ingres desenvolveu um estilo refinado e preciso, caracterizado por linhas claras, formas delineadas e cores suaves.

Sua obra é marcada por uma busca pela perfeição formal e uma obsessão com a representação do ideal clássico de beleza. Ele era conhecido por retratar figuras femininas com uma graça e elegância idealizadas, muitas vezes em poses elaboradas e roupas ricamente detalhadas.

Além de seus retratos, Ingres também produziu uma série de obras históricas notáveis, incluindo "A Grande Odalisca" e "A Banhista de Valpinçon". Nestas pinturas, ele combinou elementos do neoclassicismo com um certo senso de sensualidade e mistério, criando imagens que continuam a fascinar os espectadores até hoje.

Apesar de seu talento reconhecido, Ingres enfrentou críticas durante sua vida por sua abordagem conservadora e sua relutância em adotar os estilos mais modernos que emergiam na época, como o romantismo. No entanto, sua influência perdurou, e ele é amplamente considerado um dos maiores artistas do século XIX, cujo legado continua a inspirar gerações de artistas.

Fonte: 501 Grandes Artistas - 2009 - pag. 188/189 - Livro editado pelo Pintor, professor de desenho e professor-pesquisador da Fundação Rootstein Hopkins na University of the Arts, em Londres, Stephen Farthing.