Notícias da Região | Santa Helena
Quarta-feira, 02 de Julho de 2025
Dra. Ionara explica sobre a Síndrome do Coitadinho e quando o vitimismo constante afasta as pessoas e impede o crescimento pessoal
A chamada Síndrome do Coitadinho não é uma doença reconhecida, mas sim um padrão de comportamento marcado pela vitimização constante explica a Dra. Ionara da Silva Néia. Quem vive nesse papel tende a responsabilizar os outros pelas próprias dificuldades, a se colocar como injustiçado diante de qualquer situação e, muitas vezes, utiliza a pena como forma de obter atenção. O problema é que esse tipo de atitude acaba afastando familiares, amigos e colegas, e torna os relacionamentos cada vez mais desgastantes.
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Segundo a Dra. Ionara, esse comportamento pode surgir ainda na infância, em contextos de superproteção ou carência emocional. Ao crescer, a pessoa continua buscando atenção da mesma forma, e transforma qualquer conversa em um monólogo sobre seus próprios sofrimentos. Embora todos, em algum momento, sintam pena de si mesmos, o alerta se acende quando o vitimismo se torna recorrente e impede a tomada de responsabilidade sobre a própria vida.
A síndrome do coitadinho pode ser confundida com estratégias de manipulação de pessoas com transtornos mais graves, como a psicopatia. No entanto, a diferença é que, nesses casos, o vitimismo é proposital e calculado. Já na síndrome, o sofrimento é real, embora distorcido. Também pode haver relação com quadros depressivos, principalmente quando esse padrão é reforçado ao longo do tempo.
A boa notícia é que há tratamento. A terapia é fundamental para que o indivíduo compreenda a origem desse comportamento e aprenda a lidar com suas emoções de forma mais saudável. Para quem convive com alguém assim, a dica é clara: não alimente o padrão de vitimização. Dê atenção quando a conversa for construtiva e, sempre que possível, incentive a busca por ajuda profissional.








