Em uma entrevista concedida a Rafael Lima para o quadro "Ponto de Vista", do Jornal Correio do Lago, o segundo sargento da Polícia Militar, Alexandre Muniz, compartilhou detalhes tocantes de sua trajetória. Em uma conversa que emocionou até mesmo o entrevistador, Muniz relembrou a infância de luta, ao lado de sua mãe que, com três empregos, batalhava para garantir a educação do filho, e as experiências que o levaram a se tornar um dos policiais mais respeitados da região. Sua história é um tributo à superação e a um inabalável senso de humanidade.

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A carreira de Muniz na Polícia Militar começou de forma intensa, mas sua base foi construída muito antes, no amor e na disciplina de sua mãe. Ele se recorda com carinho de sua infância, de como ela, uma verdadeira "guerreira", priorizava sua educação acima de tudo. Foi ela quem comprou uma enciclopédia para ele, o que Muniz carinhosamente chama de "o Google da época". Aos 18 anos, após ser aprovado em terceiro lugar no concurso, ele se viu no meio de uma tentativa de assalto a banco já no segundo dia como aluno. Essa experiência o ensinou a agir com disciplina e sem excessos, mas a grande lição de sua vida, segundo ele, foi a de que não é possível mudar o mundo inteiro, mas sim impactar a vida das pessoas que encontra em seu dia a dia. Para ele, o respeito e a disciplina são as verdadeiras armas para construir uma sociedade mais justa e segura.

Durante a conversa, ele fez uma surpreendente revelação, o sonho de cursar medicina, o que arrisco a dizer, profissão que lhe cairia como uma luva. A jornada do sargento nos faz refletir sobre o homem por trás da farda, um guerreiro que, após lutar nas ruas, sonha em continuar curando as feridas dos outros.

Ponto de Vista

A entrevista com o sargento Alexandre Muniz é, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes que pude presenciar como jornalista. É impressionante ver como um profissional que lida diariamente com os lados mais sombrios da sociedade, mantém tamanha sensibilidade e um coração tão grande. A sua história nos inspira e nos faz acreditar que é possível, sim, unir disciplina, profissionalismo e humanidade. O país precisa de mais homens como o Muniz, que veem em sua profissão não apenas um trabalho, mas uma missão de vida. Para a nossa sorte, a conversa não termina por aqui! A segunda parte desta emocionante entrevista vai ao ar no próximo final de semana e o leitor não pode perder.

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