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Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025

Tecnologia, comparações e o trabalho em 2025: o retrato real da Geração Z na coluna Fala Sério Fê!

Nascidos em um mundo onde a internet já era realidade, onde o celular era quase uma extensão do corpo e onde a informação nunca dorme, a Geração Z, formada por quem veio ao mundo entre 1995 e 2010, representa uma mudança profunda na forma de viver, comunicar, consumir e trabalhar. São jovens que não apenas acompanham as transformações do mundo, mas que também impulsionam grande parte delas.

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Quem são os "Z"?

Filhos diretos da era digital, os integrantes da Geração Z cresceram em meio a smartphones, redes sociais, vídeos no YouTube e aplicativos de mensagens. Diferente de gerações anteriores, que precisaram aprender a lidar com as novas tecnologias, os Z já nasceram imersos nesse universo. Essa familiaridade molda sua visão de mundo: tudo precisa ser rápido, acessível e, acima de tudo, autêntico.

Embora o domínio tecnológico seja um traço marcante, o que realmente diferencia essa geração é a consciência. Os Z são críticos, questionadores e não aceitam passivamente o “foi sempre assim”. Cobrando coerência de marcas, empresas e instituições, eles exigem responsabilidade social, ambiental e representatividade, e sabem usar as redes para fazer isso ecoar.

Trabalho com propósito

No ambiente profissional, os Z chegam com habilidades digitais afiadas. Muitos dominam design, edição de vídeo, automação de tarefas e criação de conteúdo sem nunca terem feito um curso formal. Criativos, multifuncionais e adaptáveis, são vistos como peças-chave para empresas que desejam se manter relevantes na era digital.

Mas a chegada deles ao mercado de trabalho não é simples. Apesar da familiaridade com a tecnologia e da agilidade de aprendizado, enfrentam um cenário marcado por instabilidade, baixa remuneração e ambientes corporativos ainda presos a modelos ultrapassados. E há um choque claro de expectativas: enquanto a geração anterior valorizava estabilidade e carreira longa, a Geração Z busca liberdade, equilíbrio e propósito.

Desafios emocionais e sociais

A hiperexposição nas redes sociais trouxe consigo um efeito colateral: o aumento expressivo da ansiedade e da comparação constante. A pressão para “dar certo” rapidamente, ter uma vida perfeita e se destacar profissionalmente atinge essa geração de forma intensa.

Apesar disso, os Z também são protagonistas de uma revolução no cuidado com a saúde mental. Falam abertamente sobre ansiedade, depressão, burnout, identidade e emoções, quebrando tabus que por décadas foram ignorados.

O fenômeno dos "nem-nem"

Muitos jovens da Geração Z enfrentam dificuldades para se inserir no mercado de trabalho ou continuar os estudos, dando origem ao termo “nem-nem”, nem estudam, nem trabalham, e querem que tudo caia do céu, sem nenhum esforço para que as coisas mudem.

A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais esse cenário, interrompendo trajetórias escolares e profissionais, e fragilizou a saúde mental de uma geração já sobrecarregada.

Um novo jeito de ser jovem

Se por um lado enfrenta desafios enormes, por outro a Geração Z mostra uma vontade genuína de mudar o mundo. São mais abertos às diferenças, engajados em causas sociais, e não têm medo de se posicionar. Estão transformando o modo como se fala sobre política, sexualidade, raça, clima e futuro, sempre com muita conexão e criatividade.

E, acima de tudo, são protagonistas da cultura digital: criam memes, ditam tendências, movimentam redes e influenciam o comportamento coletivo com uma naturalidade que só quem cresceu online poderia ter.

O futuro está aqui

A Geração Z é muitas vezes mal compreendida, taxada de imediatista, frágil ou desinteressada. Mas a verdade é que ela apenas está respondendo a um mundo em mudança, com ferramentas novas e uma mentalidade diferente. Uma geração que quer viver com liberdade, trabalhar com propósito, se relacionar com respeito e construir um futuro mais justo.

Gostando ou não, é essa geração que está moldando o presente, e que, em breve, estará à frente de tudo.

Entenda assistindo à entrevista acima.

Confira a coluna de Fernanda Rech

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