Esporte | Santos

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024

Santos tem 99% de chances de subir e 62% de ser campeão da Série B

Briga para evitar a queda à Série C ganha intensidade na reta final da competição com sete times separados por sete pontos e quatro rodadas a serem disputadas

O Santos venceu o Ituano por 2 a 0 fora de casa e encaminhou o retorno para a Série A do Campeonato Brasileiro. Agora, as chances de acesso da equipe paulista são de 98,93% e pode subir já na próxima rodada. Aliado a esse aumento, a equipe de Fábio Carille também viu a possibilidade de ser campeã da Série B crescer de 50,37% para 62,47%.

Nas contas do Espião Estatístico após a 34ª rodada, o número que um time precisa para ter 100% de garantia de subir é de 67. Ou seja, faltam cinco para o Santos, que está com 62.

Além do Santos, os times que seguem com chances de ser campeões da competição são: Novorizontino (14,66%), Sport (12,98%), Mirassol (9,5%) e Ceará (0,39%).

Faltam quatro rodadas para o fim da Série B.

Disputa pelo acesso

Líder isolado e com oito pontos à frente do primeiro fora do G4, é natural que o Santos seja também o time com maior possibilidade de voltar à Primeira Divisão. Ao vencer o Ituano fora de casa, aumentou de 97,4% para 98,93%.

Quem subiu bem nesta rodada foi o Novorizontino, que venceu a segunda seguida ao derrotar o Guarani, no Brinco de Ouro, por 2 a 0. Agora, as chances da equipe paulista são de 90,25%. Um crescimento de 5,72 pontos percentuais.

Sport e Mirassol fecham o G4 com os mesmos 59 pontos. Enquanto o Leão foi derrotado pelo América-MG no Independência e viu a possibilidade de acesso diminuir para 88,65%, o time paulista aumentou as chances para 86,79%, já que venceu e aumentou a vantagem para cinco pontos em relação ao quinto colocado.

As principais variações nas chances de acesso para a Série A foram de Mirassol e Vila Nova. O Mirassol aumentou em 8,97 pontos percentuais as chances de subida. Já o Vila perdeu 10,61 pontos percentuais e agora tem apenas 2,42% já que perdeu para o Avaí por 3 a 0 fora de casa.

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, calculamos as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, realizando 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo. A metodologia empregada está explicada no fim do texto.

Risco de rebaixamento

A briga que envolve mais clubes está na parte de baixo da tabela. São oito times que buscam evitar a queda para a Série C, sendo que sete deles estão separados por sete pontos.

Por terem vencido fora, Chapecoense e Botafogo-SP foram as equipes que mais diminuíram o risco de queda. A equipe paulista até deixou a zona de rebaixamento, auxilada pelas derrotas de Ponte Preta e CRB fora de casa.

Ponte e CRB, por sua vez, tiveram os maiores aumentos no risco de rebaixamento. A da Macaca ainda é baixa se comparada com a dos outros times (28,85%), mas aumentou em 10,68 pontos percentuais. Já o clube alagoano viu seu número aumentar de 41,53% para 58,12%.

Os três últimos colocados que se complicaram. Ituano, Brusque e Guarani foram derrotados em seus domínios, continuam no Z4 e mesmo que vençam na próxima rodada não conseguem sair da zona de rebaixamento. Enquanto o Ituano tem 82,28% de risco de rebaixamento, o Brusque amarga 94,58% e o Guarani 98,12%.

Metodologia

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, calculamos as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, realizando 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais dos quadros acima.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas em parâmetros de ataque e defesa das equipes quando jogam em casa ou fora. O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Igor Mattos, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti.

G1