Nesta terça-feira (22), data que marca oficialmente o Descobrimento do Brasil, Santa Helena se junta a outras vozes pelo país em um momento de reflexão histórica crítica. Em vez de apenas celebrar a chegada dos portugueses em 1500, muitos reforçam que o Brasil não foi descoberto, mas invadido e saqueado, dando início a séculos de exploração e violência contra os povos originários.

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A narrativa tradicional, ensinada por gerações nas escolas, exalta a chegada das caravelas portuguesas ao litoral da Bahia. No entanto, um número crescente de historiadores, educadores e movimentos sociais têm enfatizado a necessidade de recontar essa história sob outra perspectiva: a dos povos indígenas que aqui já viviam há milhares de anos e que tiveram suas terras, culturas e vidas impactadas pela colonização europeia.

O questionamento é claro: como pode haver “descobrimento” de uma terra que já era habitada por milhares de pessoas, com sociedades organizadas, línguas próprias, crenças e modos de vida diversos?

Para muitos, o 22 de abril é um marco de resistência. É dia de lembrar que a verdadeira história do Brasil começa muito antes de 1500, e que os povos indígenas seguem lutando por reconhecimento, território e respeito. A data, portanto, convida todos – especialmente em cidades como Santa Helena – a reavaliar o passado e valorizar a diversidade cultural e histórica que compõe o Brasil real.

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