Notícias da Região | Alerta máximo contra a dengue

Terça-feira, 07 de Outubro de 2025

Santa Helena inicia o LIRA e revela alto índice de ovos em armadilhas

A coordenadora de campo de combate à Dengue do município, Ane Kaul, lançou um alerta grave sobre a situação da doença, destacando a necessidade urgente de colaboração da população. 

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Em entrevista ao Jornal Correio do Lago, Kaul revelou que as novas armadilhas de monitoramento (ovitrampas) têm capturado uma  grande quantidade  de ovos do Aedes aegypti, chegando a mais de 100 ovos por palheta em algumas coletas.

"É preocupante. Imagina de 80, 100 ovos em uma palheta. Dessa única palheta sairiam todos esses mosquitos", afirmou a coordenadora, sublinhando que o número elevado de ovos indica um risco significativo para futuras epidemias, especialmente com a proximidade do verão.

O município se prepara para realizar o LIRA Nacional (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), que será a única pesquisa obrigatória este ano, conforme a mudança na metodologia do Ministério da Saúde. O levantamento ocorrerá a partir da próxima semana, entre a segunda quinzena de outubro e a primeira de novembro.

"Com o resultado do LIRA, a gente consegue tomar algumas decisões e ações para evitar um verão com muitos casos de Dengue", explicou Ane Kaul.

De acordo com as coletas das armadilhas, a situação de infestação está espalhada por todo o perímetro urbano, não se restringindo a uma única área. A coordenadora aponta a falta de atenção e cuidado nos quintais como o principal fator para o cenário atual.

Ane Kaul fez um apelo veemente para que cada morador assuma a responsabilidade pelo seu próprio espaço. "Nós somos 19 agentes para um município inteiro. Se cada morador na sua residência, no seu local de trabalho, tivesse a consciência de cuidar daquele espaço, já nos ajudaria muito", declarou.

Principais recomendações para evitar a proliferação:
Evitar água parada em recipientes;
Descartar corretamente o lixo, separando orgânico de reciclado;
Lavar bebedouros de animais pelo menos duas a três vezes por semana;
Permitir a visita dos agentes de endemias, que possuem um "olhar clínico" para identificar possíveis criadouros, muitas vezes despercebidos pelos moradores.

A coordenadora lembrou ainda os dois óbitos registrados este ano no município devido à Dengue, enfatizando que "uma pessoa perdeu a vida por conta de um mosquitinho que é tão pequenininho, mas consegue tirar a vida de alguém".

Kaul também reforçou a importância da vacinação contra a Dengue para o público de 10 a 14 anos, pedindo aos pais que levem seus filhos aos postos de saúde.

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