Brasil | Tortura

Terça-feira, 11 de Junho de 2024

Sala de tortura é localizada pela polícia durante fiscalização em Centro Terapêutico em Minas Gerais

Suspeitos foram presos por tortura, tráfico de entorpecentes, maus-tratos, sequestro, cárcere privado e organização criminosa

Durante uma fiscalização em um centro terapêutico na zona rural de Machado, no Sul de Minas Gerais, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em ação conjunta com o Ministério Público e a Vigilância Sanitária, encontrou diversas irregularidades nas condições sanitárias do local. Cinco pessoas que estavam no centro foram presas em flagrante pelos crimes de tortura, tráfico de entorpecentes, maus-tratos, sequestro, cárcere privado e organização criminosa.

Segundo a polícia, alguns internos do centro, homens com idades entre 19 e 54 anos, relataram que foram internados contra vontade e sofriam com práticas de tortura física e psicológica.

Os castigos e punições, segundo os internos, aconteciam em uma sala no interior do centro. Os policiais localizaram o cômodo e encontraram diversos objetos como cinturões com braceletes para imobilização e faixas. Segundo as vítimas, os objetos eram utilizados na prática de tortura.

A polícia encontrou ainda recipientes identificados como drogas e álcool, contendo medicamentos, além de caixas de remédios controlados sem prescrição médica e blocos de receitas em branco, assinados pelo médico responsável, mas sem indicação da origem.

Segundo os internos, quando alguém tentava fugir do local, os medicamentos eram usados para sedá-los. Os remédios eram administrados por qualquer funcionário do centro.

Segundo a Polícia Militar, o gerente do centro terapêutico tentou fugir do local durante a fiscalização mas foi interceptado e preso em flagrante. Com ele foram encontrados cheques, dinheiro e um comprovante de depósito.

Durante a inspeção, documentos e pastas foram apreendidos para investigação e todos os funcionários do estabelecimento foram detidos e encaminhados à delegacia. Segundo a polícia as investigações continuam.

CNN