Notícias da Região | Fronteira

Domingo, 31 de Agosto de 2025

Quando o café foi contrabando na Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu

Hoje presença obrigatória no dia a dia dos brasileiros, o café já ocupou um papel inusitado na fronteira: o de contrabando. Na década de 1980, a bebida era transportada irregularmente do Brasil para o Paraguai, país que não cultivava a planta.

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Um episódio marcante ocorreu em maio de 1985 e foi registrado pelo jornal Nosso Tempo, edição n.º 169. Na ocasião, 2.400 sacas foram apreendidas na Ponte Internacional da Amizade — até então, a maior retenção do produto na via. O valor da carga foi estimado em 1,2 bilhão de cruzeiros, moeda vigente à época.

O caso expôs não apenas a dimensão do comércio ilegal, mas também os conflitos entre órgãos federais que atuavam na fiscalização da fronteira. A Polícia Federal prendeu dois funcionários da Receita Federal, acusando-os de conluio com contrabandistas. Em resposta, a Receita lançou dúvidas sobre os procedimentos da Polícia no episódio.

A apreensão envolveu quatro carretas carregadas de café, todas sem a guia de liberação do Instituto Brasileiro do Café (IBC). A carga havia saído de Rolândia, no Paraná, com destino a Foz do Iguaçu. O produto seria entregue à empresa Café Presidente, que negou qualquer ligação com as irregularidades.

O episódio ficou marcado como um dos mais emblemáticos da história do contrabando na fronteira, mostrando que até mesmo um símbolo da cultura brasileira já foi motivo de disputa e investigação na Ponte da Amizade.

Veja publicação original clicando aqui

Correio do Lago com informações de Nosso Tempo

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