Notícias da Região | Saúde

Segunda-feira, 16 de Junho de 2025

“Pulmão de Pipoca” já atinge jovens usuários de vap no Brasil e preocupa especialistas

Uma doença pulmonar rara e irreversível, popularmente conhecida como "Pulmão de Pipoca", começa a chamar atenção de especialistas da saúde no Brasil. O termo se refere à bronquiolite obliterante, uma condição grave que provoca o endurecimento e a obstrução das vias respiratórias, dificultando severamente a respiração.

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O apelido curioso vem de um caso famoso nos Estados Unidos, em que trabalhadores de uma fábrica de pipoca de micro-ondas desenvolveram a doença após exposição prolongada a uma substância chamada diacetil, presente no aroma artificial de manteiga. Hoje, o foco de preocupação recai sobre outro fator de risco: o uso de cigarros eletrônicos (vapes).

De acordo com pneumologistas, muitos líquidos usados nos vapes contêm diacetil e outras substâncias químicas irritantes para os pulmões. O problema é que grande parte dos jovens desconhece os perigos associados a esse hábito, que se popularizou por ser visto como uma alternativa "menos nociva" ao cigarro tradicional.

Os sintomas iniciais incluem tosse seca persistente, falta de ar e chiado no peito, que podem evoluir rapidamente para um quadro crônico e sem cura. O tratamento busca apenas aliviar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.

Especialistas alertam para a urgência de campanhas de conscientização e de uma maior regulamentação sobre os componentes dos líquidos usados nos dispositivos eletrônicos. Até o momento, não há dados oficiais sobre a quantidade de casos no Brasil, mas os relatos de jovens diagnosticados com bronquiolite obliterante têm aumentado em consultórios de pneumologia.

No entanto, segundo especialistas nem todos os usuários desenvolverão a doença, mas o risco existe e é proporcional à intensidade, frequência e tempo de uso, além da composição dos produtos inalados, que muitas vezes não é regulamentada nem testada para segurança respiratória.

Enquanto o debate público sobre os riscos do cigarro eletrônico segue tímido, médicos reforçam o alerta: prevenir é a única maneira de evitar danos pulmonares irreversíveis.

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