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Sábado, 27 de Abril de 2024

Por que trabalhadores em funções 'heroicas' ganham menos

Veteranos de guerra, bombeiros, profissionais da saúde e professores garantem nossa segurança, salvam nossas vidas e cultivam as gerações futuras. Por isso, não surpreende que nós os chamemos de 'heróis'. Mas por que eles ganham menos em relação a outras profissões 'menos nobres'?

Quase todas as pessoas concordam que certas profissões inspiram reverência.

Veteranos de guerra, bombeiros, profissionais da saúde e professores garantem nossa segurança, salvam nossas vidas e cultivam as gerações futuras. Por isso, não surpreende que nós os chamemos de "heróis" — uma palavra que evoca a força e a abnegação que parecem evidentes nas responsabilidades diárias desses profissionais.

O entusiasmo desses sentimentos pode ser bem recebido, mas pesquisas recentes indicam que o rótulo de herói também é carregado com premissas contraproducentes sobre as necessidades e ambições pessoais desses trabalhadores.

A maioria das pessoas considera, por exemplo, que os heróis simplesmente não se importam muito com questões como o pagamento justo pelo trabalho que eles oferecem.

"Esta é uma clara falácia da lógica e do raciocínio dedutivo", explica o pesquisador em pós-doutorado Matthew Stanley, da Escola de Negócios Fuqua da Universidade Duke, nos Estados Unidos.

E as consequências para o mercado de trabalho podem ser sérias. As pesquisas de Stanley indicam que a "heroificação" pode reduzir a remuneração dos profissionais e levar as pessoas a ignorar políticas que resultem em más condições de trabalho.

"Nós nos preocupamos menos com o mau tratamento se as pessoas exploradas forem 'heróis'", afirma Stanley.

G1