Brasil | Ataque hacker
Terça-feira, 02 de Dezembro de 2025
Política PF faz operação contra ataque hacker a deputados apoiadores do PL que equipara aborto a homicídio
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta terça-feira (2) contra uma organização criminosa acusada de promover ataques hacker a deputados federais que manifestaram apoio ao projeto que equipara aborto a homicídio no país.
O aborto no Brasil só é permitido em três casos:
se a gravidez for resultante de um estupro;
se colocar a vida da mãe em risco;
ou se o feto for anencéfalo.
Nessas três situações, o aborto é legal e não existe na lei qualquer limite de tempo de gestação. Fora estes três cenários, o aborto não é permitido no Brasil — e é crime.
A proposta atribui uma pena quando o aborto ocorrer depois da 22ª semana de gestação. O procedimento seria considerado, então, um homicídio — com pena de seis a vinte anos de prisão. Tanto para a grávida quanto para quem ajudá-la a abortar.
O projeto não altera a lei nos casos de anencefalia e de gravidez com risco para a mãe.
Após intensa pressão popular, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que o debate seria mais aprofundado em uma comissão parlamentar específica sobre o tema.
O anúncio, na prática, significa que ele recuou na intenção de votar diretamente no plenário. Lira também não especificou a criação da comissão, nem os integrantes do debate. O atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deu prosseguimento às discussões sobre o texto.
G1








