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Terça-feira, 17 de Junho de 2025

Polícia Federal indicia Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem por esquema da “Abin Paralela”

A Polícia Federal concluiu e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito que apura o funcionamento de um suposto esquema de inteligência ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro, conhecido como “Abin Paralela”. O ex-presidente, seu filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, e o deputado federal Alexandre Ramagem foram formalmente indiciados.

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Alexandre Ramagem era diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) à época dos fatos. O relatório final da PF também inclui o indiciamento de integrantes da atual cúpula da Abin, incluindo o atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa.

De acordo com a investigação, a agência teria sido usada para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o mandato de Bolsonaro. A apuração identificou ainda a atuação de policiais federais e servidores cedidos à Abin em ações clandestinas de espionagem, caracterizando uma possível organização criminosa.

Entre os alvos do monitoramento estaria um grupo de autoridades paraguaias envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, compartilhada entre Brasil e Paraguai.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem não se pronunciaram sobre o indiciamento, mas já negaram anteriormente qualquer irregularidade. Carlos Bolsonaro, por sua vez, usou as redes sociais para afirmar que a operação tem motivação política e seria uma tentativa de influenciar o cenário eleitoral de 2026.

A Abin informou que não comentará o caso. Em abril, a agência havia divulgado uma nota pública afirmando estar à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, em todas as esferas.

Correio do Lago com informações de Agência Brasil

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