A Polícia Civil de Pernambuco concluiu três dos quatro inquéritos da chacina em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, que resultou em nove mortes, em setembro de 2023. Até o momento, 12 policiais militares foram denunciados por envolvimento nas execuções, com cinco deles presos. As acusações incluem homicídio e tortura.

Segundo as investigações, a chacina aconteceu após o vigilante Alex da Silva Barbosa matar dois policiais em um confronto, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe. Como vingança, membros da Polícia Militar de Pernambuco executaram cinco familiares de Alex, que também foi morto logo depois.

Tudo ocorreu em menos de 12 horas. Durante o confronto inicial, a jovem grávida Ana Letícia, de 19 anos, foi baleada e, apesar de ter sido socorrida, faleceu um mês depois.

Em denúncia, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) esclarece a intenção das mortes. “Diversos policiais se deslocaram até Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de oficiais da Polícia Militar, onde iniciaram uma caçada a Alex e a parentes deste, com claro intuito homicida, em vingança pela morte dos colegas”.

Investigações

O crime resultou em quatro inquéritos. O primeiro investigou as três mortes que ocorreram durante o confronto inicial com Alex, incluindo a da jovem grávida Ana Letícia. O segundo focou nos assassinatos dos irmãos de Alex, em um triplo homicídio: Ágata Ayanne da Silva, de 30 anos, e os gêmeos Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, de 25 anos.

O terceiro inquérito investigou a morte de Alex, abatido em uma emboscada por policiais militares.

O quarto inquérito examinou os homicídios da mãe e da esposa de Alex, Maria José Pereira da Silva e Maria Nathalia Campelo do Nascimento, encontradas mortas em um canavial em Paudalho, Zona da Mata de Pernambuco.

CNN.