O número de mortos em uma explosão de caminhão-tanque no norte da Nigéria subiu para pelo menos 153, com outras 100 pessoas feridas, informou a polícia à CNN nesta quinta-feira (17).

A explosão, que aconteceu no final da noite, horário local, na terça-feira (14) em Majiya, uma vila no estado de Jigawa, ocorreu depois que o veículo bateu e enquanto os moradores tentavam recuperar o combustível.

“O motorista perdeu o controle e o caminhão-tanque deu uma cambalhota e derramou combustível em uma vala de drenagem”, disse o porta-voz da polícia de Jigawa, Shiisu Lawan Adam.

“Como resultado, os moradores correram para recolher o combustível quando a explosão aconteceu.”

Um enterro em massa foi realizado na tarde de quarta-feira (16) para algumas das vítimas, disse Adam.
O número de mortos aumentou constantemente desde que as notícias da explosão mortal foram divulgadas.

“As pessoas estão se sentindo muito tristes”, disse Umar Majia, um membro da comunidade cujo sobrinho de 12 anos foi morto na explosão.

A explosão ocorre um mês depois de pelo menos 48 pessoas terem morrido em um acidente semelhante no estado do centro-norte do Níger.

Explosões de caminhões-tanque de combustível não são incomuns no país mais populoso da África, onde os suprimentos de petróleo são frequentemente despachados por estrada.

Incêndios anteriores causaram várias vítimas. Em 2020, mais de 500 pessoas perderam suas vidas em mais de 1.500 acidentes com caminhões-tanque registrados naquele ano, de acordo com a agência de segurança rodoviária da Nigéria.

Moradores, assediados pelo alto custo de vida na nação da África Ocidental – onde a gasolina é escassa e cara – muitas vezes enfrentam o perigo de coletar combustível de caminhões-tanque caídos ou oleodutos danificados.

Os preços do gás aumentaram drasticamente para mais de seis vezes sua taxa normal desde que o governo encerrou os subsídios aos combustíveis no ano passado.

A pobreza continua abundante na Nigéria, apesar de seu status como um dos maiores produtores de petróleo da África.

CNN.