Internacionais | Israel a Gaza

Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

Novo ataque de Israel a Gaza deixa ao menos 18 mortos

Pelo menos 18 pessoas morreram em ataques militares em Gaza, informaram os médicos palestinos nesta quarta-feira (9), enquanto as forças israelenses continuam com um ataque ao campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

As forças armadas de Israel afirmam que a nova rodada de ataques, que está em seu quinto dia, tem por objetivo impedir que os combatentes do Hamas organizem novos ataques a partir de Jabalia e impedir o seu reagrupamento.

O exército israelense disse ter emitido repetidamente ordens de saída para os habitantes de Jabalia e das zonas próximas, mas os responsáveis palestinos e da ONU afirmam que não existem locais seguros para onde fugir na Faixa de Gaza.

O Serviço Civil de Emergência da Palestina disse ter recebido informações não confirmadas de que dezenas de palestinos podem ter morrido em Jabalia e em outras áreas do norte de Gaza, mas não consegue chegar até eles por causa dos bombardeios israelenses.

“Pelo menos 400.000 pessoas estão encurraladas na zona”, declarou Philippe Lazzarini, diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), no X, nesta quarta-feira.

“As recentes ordens de desocupação das autoridades israelenses obrigam as pessoas a fugir de novo e de novo, especialmente do campo de Jabalia. Muitos recusam-se a fugir porque sabem muito bem que nenhum lugar em #Gaza é seguro”.

Lazzarini disse que alguns abrigos e serviços da UNRWA estavam sendo forçados a fechar pela primeira vez desde o início da guerra e que, quase sem suprimentos básicos disponíveis, a fome estava se espalhando novamente no norte de Gaza.

“Esta recente operação militar também ameaça a implementação da segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite para crianças”, disse ele.

Israel não comentou imediatamente as observações de Lazzarini. As autoridades de Israel tinham dito anteriormente que facilitavam a entrega de alimentos a Gaza, apesar das condições difíceis.

CNN.