Candidatos com as notas mais altas podem ingressar na Ilum, faculdade pública, em Campinas, que faz parte do complexo do Cnpem; local é o principal ponto de ciência no Brasil

Os candidatos com as melhores notas do enem poderão ingressar em uma faculdade que ensina a ciência integrada. Ao entrar na Ilum, faculdade pública, os estudantes poderão conviver no principal complexo de ciência do país, onde está abrigado o Sírus, um acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados inaugurado em 2018.

Tanto a gestão do ensino quanto a do complexo é realizada pelo Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). Anualmente 40 alunos podem fazer parte do projeto.

"É experiência da ciência na vida real, não só aprender a ciência, mas conviver o dia a dia com os pesquisadores, isso é muito engrandecedor. Realmente fazem parte de todo o processo do trabalho, nesses dias que eles passam no laboratório", diz Ana Carolina Zeri, pesquisadora e professora na iLum.

Como entrar na Ilum

Para estudar na Ilum, inicialmente, o candidato precisa manifestar interesse, enviando uma carta que relata a trajetória estudantil, para a fase dois, a instituição vai filtrar as melhores notas do enem de quem manifestou o interesse e selecionará apenas 250 pessoas. 

Por fim, é realizado uma entrevista individual, neste processo, terão questões de matemática, ciência da natureza e humanidades. O curso de bacharelado tem a expectativa de duração de três anos. A instituição de ensino reserva 50% das vagas para estudantes de escolas públicas.

Benefícios oferecidos pela faculdade

• Moradia gratuita
• Transporte gratuito
• Computador exclusivo
• Uso de quadras esportivas
• Curso de inglês gratuito
• Vale refeição-alimentação
• Viagem para Campinas (início do ano-letivo)
• Atendimento psicológico

O que faz um acelerador de partículas?

O Sírius consegue estudar a matéria, já que ele acelera partículas usando uma espécie de "raio-laser". Como por exemplo: caso seja preciso estudar um pedaço de aço que será utilizado para a construção de um foguete, o acelerador de partículas pode simular toda força, calor, frio que o o material poderá ser submetido no espaço. Com os resultados, os cientistas podem avaliar se aquele item pode ou não ser utilizado para aquele fim.

O acelerador também pode ser usado para saúde, como para a biologia molecular, assim os pesquisadores podem estudar as estruturas de proteína de vírus. Tudo isso implica na possibilidade do Brasil avançar no campo da ciência.

CNN